Se a candidatura a deputado estadual do ex-prefeito de Diadema Mário Reali (PT) encontrava dificuldades frente a lideranças estaduais do partido, a vitória no PED (Processo de Eleição Direta) o coloca no páreo para disputar um dos 94 assentos no Parlamento paulista.

Com a vitória no pleito interno, Reali se movimenta para conseguiu adesões ao seu projeto eleitoral. Procurado, ele não retornou os contatos do Diário.

Desgastado pela derrota para Lauro Michels (PV) na disputa pela reeleição ao Paço, Reali provocaria mudanças no cenário eleitoral que se desenhava na cidade. Vereadores petistas já haviam firmado compromisso com postulantes de outros municípios.

A cúpula regional avalia que o PT terá ao menos seis candidatos com potencial na disputa à Assembleia Legislativa: Luiz Turco (Santo André); Ana do Carmo, Luiz Fernando Teixeira e Teonílio Monteiro da Costa, o Barba (São Bernardo); Paulo Eugenio Pereira Júnior e José Luiz Cassimiro (Mauá).

Para os petistas, com a presença de Reali no pleito há risco de não formar uma bancada regional robusta – hoje, o partido é representado apenas por Ana do Carmo com reduto local. Em 2010, o PT elegeu Carlos Grana e Donisete Braga, que atualmente comandam os Paços de Santo André e Mauá, respectivamente, e reelegeu a parlamentar são-bernardense.

Diadema vive a maior indecisão sobre a participação na eleição para deputado. As definições devem ser encaminhadas até o primeiro semestre do ano que vem, quando serão realizadas as convenções partidárias que oficializarão os representantes no Grande ABC na disputa eleitoral.

A cidade pode pela primeira vez na história não lançar candidatos com potencial para a Câmara Federal ou à Assembleia. Para conseguir seu objetivo de retomar o assento que ocupou entre 2003 e 2008, antes de ser eleito prefeito de Diadema, Mário Reali terá de conseguir apoio no diretório petista. Metade dos vereadores já declarou apoio a Barba, fato que enfraqueceria a candidatura dele.