A Prefeitura de Diadema, a Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema) e a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) marcaram para hoje, às 19h, a audiência pública para explicar de que forma haverá a transição do serviço de água e esgoto da cidade para a estatal. O evento está marcado para o Clube Cultural Okinawa, na Avenida Sete de Setembro, no Centro.

A atividade é bastante aguardada porque técnicos da Sabesp vão detalhar o plano de investimentos em saneamento para o município, quais tarifas praticadas pela empresa pública estadual e qual será o contato da população com a estatal, uma vez que a Saned será desativada.

Os detalhes da audiência pública foram definidos na semana passada, em reunião da diretora-presidente da Sabesp, Dilma Pena, com o atual diretor da Saned, Elbio Camillo Júnior – que deve ser transferido à Secretaria de Obras após o processo de transição terminar.

Na publicação, as três instituições dizem que convidam “os interessados em comparecer à audiência pública para debater sobre o contrato de prestação de serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário de Diadema a ser firmado entre o município e a Sabesp.”

No evento, responsáveis pelo serviço de água e esgoto no município devem anunciar o posto de operações da estatal em Diadema. O endereço preferido do prefeito Lauro Michels (PV) é a atual sede da Saned, na Rua Estados Unidos, no Jardim das Nações.

O contrato entre Prefeitura e Sabesp foi fechado no início de setembro, após aprovação tumultuada na Câmara. À ocasião, petistas tentaram barrar a votação do projeto de concessão por 30 anos, fechando a linha de trólebus e ameaçando organizar barricada na Rodovia dos Imigrantes. Houve conflito com a GCM (Guarda Civil Municipal), mas o texto foi ratificado sem dissidência da base governista.

O acordo foi costurado por Lauro e Dilma Pena para abatimento total da dívida de R$ 1,1 bilhão que a Saned tinha com o governo do Estado. A origem do passivo era o rompimento unilateral do contrato de prestação de serviços da Sabesp na cidade, em 1994, pelo ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT), e a diferença entre o pagamento e a cobrança do metro cúbico de água distribuído no município.

A parceria prevê inclusão de Diadema no plano de investimento da Sabesp para a Região Metropolitana e aporte imediato de R$ 95 milhões para obras de drenagem e saneamento básico.