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Líbia desiste de produzir armas de destruição em massa
Do Diário OnLine
Com AFP
20/12/2003 | 20:48
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A Líbia anunciou na noite de sexta-feira, após nove meses de negociações secretas com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, que vai suspender e abandonar seu programa de armas de destruição em massa. A decisão foi confirmada neste sábado pelo líder líbio Muammar Kadafi. “A Líbia esta à frente dos países que trabalharão para que o mundo se desfaça de todas as armas de destruição em massa”.

Segundo um texto oficial distribuído à imprensa, a Líbia reitera seu compromisso de respeitar todas as convenções internacionais, entre elas o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Além disso, o documento afirma que o governo vai aceitar qualquer missão de inspeção internacional.

No mesmo documento, apresentado pelo ministro das Relações Exteriores, Abdelrahman Chalgram, a Líbia admite que "durante o período da guerra fria e as tensões que marcaram a região do Oriente Médio, tentou desenvolver suas capacidades defensivas quando não se prestava atenção a seus pedidos para converter o Oriente Médio e a África em zonas isentas de armas de destruição em massa".

A declaração ainda acrescenta, sem dar mais detalhes, que especialistas líbios, americanos e britânicos haviam discutido o assunto e que a parte líbia entregou a seus interlocutores "substâncias, equipes e programas que conduzem à produção de armas de destruição em massa".

Pouco após este anúncio, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, comemorou a decisão. “A Líbia está dando um importante passo para voltar a fazer parte da comunidade internacional”. Porém, o governo americano não anunciou quando poderia retirar as sanções ao país.

Segundo Bush, a decisão líbia justifica a postura defendida por Washington e Londres de convencer, pela diplomacia ou à força, os países que possuem programas de armas de destruição em massa a abandoná-los.




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