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Oferta de água na capital é pior do que no Oriente Médio
08/11/2013 | 09:11
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Orlando Filho/DGABC


A disponibilidade hídrica no período de estiagem na Grande São Paulo e nas regiões de Campinas, Jundiaí, Limeira e Piracicaba é menor do que a do Oriente Médio. De acordo com a Organização das Nações Unidades (ONU), quando uma área está abaixo de 1,5 milhão de litros de água por habitante por ano, há um estresse hídrico.

"É situação de escassez, hora de acender o botão vermelho", diz o secretário executivo do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), Francisco Lahoz.

Na estiagem, a disponibilidade hídrica na Grande São Paulo é de 250 mil litros de água por habitante por ano e na bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí sobe para 408 mil litros. No Oriente Médio, a marca é de 450 mil litros.

O Plano das Bacias Hidrográficas do PCJ para gestão dos mananciais de 2010 a 2020 elaborado pelo comitê das bacias já apontava que a dependência da Grande São Paulo das águas do interior e o acentuado crescimento, demográfico e econômico da região de Campinas têm levado à carência de maiores volumes de água para o abastecimento industrial e a irrigação. Um exemplo disso aconteceu há dois anos, quando a Toyota quis ampliar a fábrica em Indaiatuba. Por falta de oferta de recursos hídricos, foi para Sorocaba. "Por dia, 200 empresas deixam de se instalar na região", afirma Lahoz.

Chuva

O governo estadual e entidades do setor concordam que o gerenciamento do Sistema Cantareira precisa de adequações. Um deles é em relação ao sistema de armazenamento de água, que se mostra problemático com muita chuva. "Precisamos de uma garantia que, se houver liberação das comportas, o que estava no banco de águas fica congelado. Porque senão, toda vez que chover muito, a poupança de água de Campinas desce rio abaixo", diz Lahoz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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