Política Titulo Calúnia
Leblon abre processo
contra Paulo Eugenio

Secretário teria acusado empresa de invadir
sistema de bilhetagem para fraudar números

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
06/11/2013 | 07:51
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André Henriques/DGABC


A Leblon está processando por calúnia o secretário de Mobilidade Urbana de Mauá, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT). A empresa de ônibus alega que o petista teria dito que ela entrou no sistema de bilhetagem para fraudar números e receber mais repasses da administração.

O processo foi aberto no dia 29 de outubro e corre na 2ª Vara Criminal de Mauá. O Ministério Público recebeu cópia da ação segunda-feira. O Judiciário encaminhou notificação ao secretário solicitando explicações. Paulo Eugenio disse que ainda não foi informado sobre o caso.

A Leblon afirma no processo que durante entrevista coletiva concedida no dia 19, para explicar os ônibus depredados na cidade, Paulo Eugenio teria acusado a empresa de modificar dados inseridos na central que controla o uso do cartão eletrônico DaHora, espécie de bilhete único municipal.

Nos autos, os representantes da companhia sustentam que o discurso do petista foi “calunioso e ofensivo à sua honra e dignidade, revelando o intuito de causar prejuízo à empresa e de indispor os interpelantes junto à opinião pública mauaense”.
O comandante da Pasta de Mobilidade Urbana negou que tenha acusado a Leblon de fraude durante a entrevista. “Não me lembro de ter falado sobre essa empresa. Evito tocar nesse assunto porque é delicado. Não falei nada disso.”

Desde o começo do ano, Paulo Eugenio tem prestado esclarecimentos sobre o erro cometido no sistema de bilhetagem. A Prefeitura repassou equivocadamente R$ 6,8 milhões para Leblon e Viação Cidade de Mauá, responsáveis pelas linhas de ônibus na cidade.

A diferença ocorreu porque o Paço pagava adiantado as concessionárias. O governo mandava o montante referente ao valor depositado pelo munícipe no cartão DaHora, mesmo que o passageiro não tivesse passado pela catraca, o que representaria o uso de uma passagem.

O contrato previa a transferência após usuário utilizar os ônibus. O montante proveniente das passagens seria contabilizado primeiro e depois seria encaminhado para as concessionárias. A Leblon recebeu R$ 2,6 milhões a mais.

A empresa alegou no processo que nunca acessou os dados do sistema e recordou o parecer da corregedora-geral de Mauá, Thais de Almeida Miana. Para ela, os acessos foram “formalmente autorizados” pelo Executivo.

A PK9, empresa responsável pelo sistema de bilhetagem, foi poupada por Paulo Eugenio, que admitiu o erro por parte da administração. A situação foi revelada após auditoria interna solicitada pelo atual prefeito Donisete Braga (PT).

A Leblon foi descredenciada pelo Paço, mas conseguiu liminar que garante sua permanência no gerenciamento do Lote 2 das linhas municipais.
 




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