Economia Titulo No Grande ABC
Consórcio Intermunicipal apoia estudo sobre a indústria química da região

Diagnóstico, que fica pronto em março, visa identificar oportunidades para fortalecer o setor

Leone Farias
do Diário do Grande ABC
05/11/2013 | 07:07
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Tiago Silva/DGABC/Arquivo


Conhecer melhor as cadeias produtivas do setor químico no Grande ABC (por exemplo, a fabricação de tintas, vernizes, plásticos cosméticos e produtos de limpeza), para identificar oportunidades de fortalecimento desses segmentos industriais frente à concorrência com os importados. Esse é o foco de estudo, encabeçado pela Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil, e que será realizado pela consultoria Maxiquim, com suporte financeiro da companhia Braskem. A previsão é que o levantamento, que vai se iniciar agora, seja concluído em março.

Ontem, o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC formalizou apoio à iniciativa da Frente Parlamentar, que é presidida pelo deputado federal Vanderlei Siraque (PT), que é de Santo André. Segundo ele, além de pesquisa em andamento do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para traçar perfil dessas atividades em âmbito nacional, o objetivo agora é levantar as especificidades de regiões fortes nessas atividades. “Depois vamos fazer também em Alagoas, no Rio de Janeiro, em Pernambuco, mas, como sou presidente da frente, resolvi iniciar por aqui”, afirmou.

A indústria petroquímica, que fabrica insumos para a produção de material plástico, tintas, cosméticos e muitos outros itens, é a quarta maior atividade econômica do Brasil, atrás apenas de alimentos, petróleo e a área automotiva. E esse setor nacional é o sexto maior do mundo. Para a economia do Grande ABC, o complexo químico (no qual a área petroquímica está incluída), também é de grande importância. Segundo o diretor da Maxiquim, João Luiz Zuñeda, 19% da riqueza gerada nos sete municípios provém do segmento. Em todo o Estado, representa 9%.

O estudo ajudará a posicionar a região frente aos mercados nacional e internacional, e a dar respaldo para debates sobre como atrair investimentos e fortalecer essas atividades, avalia o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, que é presidente do consórcio. A entidade acertou que os prefeitos das sete cidades vão colocar as secretarias municipais de Desenvolvimento Econômico à disposição para que a consultoria obtenha informações sobre esses elos da cadeia produtiva (por exemplo, número de empresas, empregados etc).

O diagnóstico também será de grande valia para a Braskem, que produz itens petroquímicos no Grande ABC (em Mauá e Santo André). “Queremos identificar oportunidades, para intensificar políticas e programas para desenvolver essas cadeias”, disse o gerente de relações institucionais da companhia, Flávio Chantre. Uma das possibilidades seria o apoio à pesquisa e desenvolvimento de novos produtos das fabricantes para as quais a empresa fornece insumos.
DEFICIT COMERCIAL - A indústria química nacional necessita de investimentos para ganhar competitividade frente à concorrência dos produtos importados. A questão é premente, segundo o diretor da Maxiquim. Isso porque o setor deve fechar o ano com saldo comercial (diferença entre a receita obtida com as exportações e o valor pago pelo País com as importações) negativo em US$ 33 bilhões. “E (o deficit) vai crescer mais no ano que vem”, prevê Zuñeda.
 




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