Política Titulo Renovação
PT da região testará teoria de renovação feita por Lula

Luiz Fernando, Barba e Turco vão debutar em eleições na esteira da vitória do estreante Haddad

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
03/11/2013 | 07:53
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No próximo ano, o PT no Grande ABC colocará à prova a teoria do líder máximo do partido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de renovação de quadros para apresentação ao eleitorado.

Nas duas maiores cidades da região, três petistas vão estrear nas urnas, a exemplo do que ocorreu com o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, que se elegeu prefeito da Capital no ano passado – esse foi principal case vitorioso de Lula em sua avaliação.

Mandatário do PT de Santo André, Luiz Turco, presidente do São Bernardo Futebol Clube, Luiz Fernando Teixeira, e o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, concorrerão a uma das 94 vagas de deputado estadual, impulsionados pela onda de renovação partidária impregnada no petismo nos últimos anos.

Figura conhecida do PT desde sua fundação, Turco tentará herdar o assento justamente de seu maior apoiador: o prefeito andreense Carlos Grana. Ex-presidente da CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos), Grana foi um dos pioneiros da nova tática da sigla quando, em 2010, debutou em eleições e se tornou deputado estadual. Renunciou ao cargo após impedir a reeleição de Aidan Ravin (PSB) ao Paço de Santo André e agora aposta suas fichas e de seu governo no triunfo de Turco no próximo ano.

Luiz Fernando foi vereador em Casa Branca, no interior do Estado, no início dos anos 1990. Ficou mais de duas décadas fora das urnas, mas presente no meio político, trabalhando intensamente nos bastidores para campanhas de vereadores e deputados. Agora, com bênção do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), brigará como se fosse pela primeira vez a um cargo público.

Assim como Grana e Marinho, Barba vai se escorar no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para impulsionar sua candidatura à Assembleia Legislativa. Será a primeira vez que o dirigente sindical buscará cargo eletivo.

“Com a eleição da presidente Dilma (Rousseff), o PT passou por processo de reformulação quase que natural. Nomes que compunham o governo Lula e que participaram da fundação do PT foram substituídos. E essa transformação vem para os municípios e Estados. Esse é um novo ciclo, iniciado com Dilma e difundido com o Haddad”, avaliou o coordenador da Macro PT ABC, Humberto Tobé.

Entre figuras políticas que não mais aparecem nas urnas estão José Dirceu, José Genoino e Antonio Palocci, todos fundadores do PT, ex-ministros de Lula e protagonistas do caso do Mensalão. Hoje nomes fortes do Palácio do Planalto são Glesi Hoffmann e Ideli Salvatti, ministras de Casa Civil e Relações Institucionais, respectivamente, do governo Dilma.

No Estado, o PT também seguirá à risca a tese de Lula, ao lançar o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao Palácio dos Bandeirantes. Nas duas últimas eleições estaduais, o partido apostou em Aloizio Mercadante, hoje titular do Ministério da Educação. 




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