Política Titulo Diadema
PT contesta Lauro por não repor médicos

Oposição usa planilha financeira para mostrar que Paço de Diadema tem R$ 160,8 mi em caixa para contratações

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
01/11/2013 | 07:08
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A bancada de oposição ao prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), recorreu ao balancete financeiro do último quadrimestre para contestar a justificativa de falta de receita dada pelo verde para não reajustar os salários dos médicos e nem fazer a reposição dos 70 profissionais que pediram demissão do quadro da Prefeitura por discordância da política adotada pelo secretário de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB).

Segundo quadro apresentado no mês passado pelo secretário de Finanças, Clóvis Xidieh Costa, aos vereadores, a administração tem receita disponível de R$ 160,8 milhões líquida. Quantia que, para petistas, seria suficiente para ao menos contratar servidores para ocupar vaga dos desligados do governo.

“A própria documentação apresentada pelo governo mostra que, diferentemente do que o prefeito tem falado, há dinheiro em caixa para investimento em benefício da população. Não estamos pedindo nada demais ao prefeito, apenas que reponha o quadro e mantenha atendimento à população”, reclamou, na tribuna, o líder da bancada petista na Casa, José Antônio da Silva.

Na terça-feira, o Diário mostrou que estudos pedidos pelo prefeito e pelo secretário para majoração de salários da categoria e concurso público para abastecer a rede ficarão para 2014, pois sequer foram finalizados. A informação foi confirmada pela Prefeitura, por nota.

Os problemas na Saúde foram pauta de discurso de todos petistas na Câmara e quase nenhuma contestação da oposição foi rebatida pelo bloco de apoio de Lauro no Legislativo.
Presidente do PT diademense, Josa Queiroz lembrou do fechamento da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica do Hospital Municipal, do não cumprimento de horário da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) Paineiras – que encerra expediente às 22h – e a demora na reabertura do atendimento infantil da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim das Nações, conhecido como hospital infantil, que foi fechado pelo ex-prefeito Mário Reali (PT) e promessa de campanha de Lauro.

“Dinheiro há, mas o governo não sabe utilizá-lo”, disse o petista, rebatido pelo líder do governo na Casa, José Dourado (PSDB). “Gastar de forma desenfreada é algo que o PT sabe muito bem.”
 




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