A Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT do Estado de São Paulo) rejeitou ontem a proposta de reajuste salarial, feita pelos empresários, de 7,5%. Por isso, anunciou estado de greve. Na região, o Sindicato dos Químicos do ABC realizará assembleia, no dia 8, às 18h, na sede da entidade, em Santo André, para a definição dos próximos passos da campanha: paralisação total ou aprovação da proposta.

“O estado de greve é uma forma de forçar os patrões a voltarem à renegociação”, destacou o presidente do sindicato, Paulo Lage.

A categoria pedia 13% de reajuste. Mas Lage reconhece que 7,5% é um percentual a ser considerado. Isso por conta de a data base ser em 1º de novembro, e a previsão do mercado de inflação aproximada acumulada em um ano em outubro é de 5,5%. Desta maneira, o aumento real seria próximo ou superior a 2%. “Outros setores que já fecharam não conseguiram isso. Mas não queremos que a bancada patronal leve para dissídio (definição na Justiça) e temos convicção de que chegaremos a melhor proposta (caso a renegociação seja reaberta).”

Até o dia 8, os dirigentes do sindicato realizarão reuniões com várias empresas químicas da região para tentar acordos exclusivos melhores.