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Petroleiros paulistas fazem greve contra leilão de Libra
19/10/2013 | 11:57
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Os petroleiros do litoral paulista decidiram realizar greve por tempo indeterminado contra o leilão de Libra, o primeiro a ser licitado no pré-sal brasileiro, durante assembleia realizada na noite de ontem. Os grevistas também reivindicam aumento de 16,53% no salário base no âmbito das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2013.

O corte na entrada dos turnos estava previsto para iniciar a partir das 23h e 0h desta sexta-feira, conforme informações no site do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista. A categoria vinha fazendo, na Baixada Santista, atrasos de 3h na entrada dos trabalhadores de turno na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, em Caraguatatuba, e também nas plataformas de Merluza e Mexilhão, desde a última quinta-feira (27/10) por meio da emissão de Permissão de Trabalho (PTs).

Durante assembleia realizada na noite de ontem foram colocadas em votação duas propostas: manutenção dos atrasos ou evolução dos protestos para greve. Segundo o Sindicato, votaram a favor dos atrasos 43 trabalhadores. Já a greve por tempo indeterminado teve a adesão de 113 sindicalistas.

Os grevistas vão avaliar a paralisação no final da próxima terça-feira (22/10), em assembleia. "Até lá, a categoria estará de braços cruzados. É greve pra valer!", destaca o sindicato, por meio de nota, em seu site.

Segundo o Sindicato, o envio de mais de mil homens da Força Nacional, Exército e outras instituições repressivas do Estado para o hotel no Rio de Janeiro, onde será realizado o leilão, é uma amostra de que, por um lado, o governo está acuado com as mobilizações feitas no país desde junho, ressaltando que o governo tentará "a todo custo" entregar uma "riqueza inalienável ao estrangeiro".

O leilão de Libra agendado para a próxima segunda-feira, 21 de outubro, é, conforme o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, um "crime de lesa-pátria". "Se o governo quer nos derrotar com o Exército, temos em nossas mãos - ao lado da juventude e dos demais trabalhadores nas ruas - a capacidade de parar a maior companhia do país", conclui o Sindicato.




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