Um dos principais problemas que os empresários enfrentam para se instalar e ampliarem unidades fabris no Grande ABC são os preços dos terrenos, destacou o primeiro vice-diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Santo André, Norberto Luiz Perella.
O empresário, dono da Ferkoda, de Mauá, que também é presidente da Associação das Empresas Metalmecânicas do Grande ABC, explicou que, como ocorreu na Avenida Industrial, em Santo André, a valorização imobiliária atuou, com o passar dos anos, como um veneno para os donos das companhias.
“Hoje é muito difícil pensar em expandir. Um terreno em Santo André, por exemplo, custa entre R$ 600 e R$ 700 por m²”, critica Perrela, acrescentando que este cenário é comum nas demais cidades da região.
Entre as soluções que o dirigente do Ciesp sugere é uma espécie de blindagem, por meio de lei municipal, contra a especulação imobiliária. “Esta seria uma das maneiras de melhorar a situação”, opina.
ADMINISTRAÇÃO
Apesar de entender o anseio do setor industrial, a vice-prefeita de Santo André, Oswana Fameli, que também é secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, informou que uma blindagem contra especulação imobiliária está fora do seu alcance.
No entanto, a secretária afirma que tenta garantir o relacionamento dos agentes econômicos, e também a discussão sobre temas que contribuam com o fomento da indústria.
“É o caso deste evento”, destacou Oswana. A vice-prefeita e o dirigente do Ciesp foram palestrantes e compuseram a mesa de discussões do 1º Simpósio da Indústria e Suas Perspectivas na Cidade de Santo André, realizado na quinta-feira, no Centro de Formação de Professores Clarice Lispector.
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