Economia Titulo Metalúrgicos
Reajuste salarial injetará
quase meio bi na economia

Previsão é que, até setembro de 2014, os funcionários
devem gastar mais com os 8% de aumento deste ano

Tuana Marin
do Diário do Grande ABC
03/10/2013 | 07:07
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Mais dinheiro no bolso e, consequentemente, na economia. A campanha salarial deste ano dos metalúrgicos de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – classe que conquistou 8% de reajuste salarial, sendo 1,82% de aumento real –, vai injetar R$ 462 milhões a mais no mercado regional, ou seja, quase meio bilhão. O montante será distribuído ao longo dos meses, até a próxima data base, em setembro de 2014.

O cálculo, elaborado pela Subseção do Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, inclui os reajustes dos 67 mil trabalhadores da base nos grupos G-2, G-3, G-8, G-10, Estamparia e Fundição, e aqueles concedidos aos mais de 30 mil metalúrgicos que trabalham nas montadoras.

Pelas contas do Dieese, cerca de R$ 35 milhões entram a mais na economia já neste mês. De acordo com o coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero, certamente esse montante é a contribuição inicial à economia local nessa época do ano. “Isso sem contar os recursos do 13º salário, logo mais. Mesmo que os trabalhadores paguem dívidas com esse dinheiro adicional, como houve aumento real, além da reposição da inflação, setores como serviços, indústria e comércio serão beneficiados. Sempre que há um acréscimo como este ao salário, parte da verba é canalizada no consumo. E a boa notícia é que os resultados devem aparecer já no fim deste segundo semestre.”

Na visão do presidente do sindicato, Rafael Marques, o impacto na economia regional é grande. “Somos uma categoria que coloca aqui no Grande ABC cerca de R$ 5,8 bilhões de salário por ano. Com o aumento, vamos a quase R$ 6,2 bilhões. Normalmente, o trabalhador incorpora esses aumentos reais no seu cotidiano, nos gastos do seu dia a dia. É mais dinheiro circulando na economia regional”.

Balistiero completa que esse ciclo é de extrema importância para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) regional. “O Grande ABC é um polo bastante forte nos principais setores da economia, hoje não apenas na área industrial, mas na de serviços e demais. O reflexo desses reajustes salariais não poderia ser melhor.”
 




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