Diarinho Titulo Ciência
Eterna busca por respostas

A ciência não é bicho de sete cabeças. Dá para aprendê-la de modo muito divertido; descubra como!

Juliana Ravelli
Diário do Grande ABC
29/09/2013 | 07:00
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A ciência permite entender o que acontece no mundo e a desenvolver tecnologias que nos ajudam a viver mais e melhor. Por meio dela, ficamos espertos e aprendemos a não aceitar tudo o que nos dizem.

Conforme as pessoas se tornam adultas, no entanto, muitas perdem o interesse pelas grandes perguntas do mundo e começam a ver a ciência como algo chato e impossível de ser entendido. Mas não é nada disso. Dá para aprendê-la de modo leve e divertido.

Na infância, todos têm a principal qualidade dos cientistas: a curiosidade. Nessa fase a gente tem vontade de descobrir o porquê de tudo, não é mesmo?

Angelo Márcio Merola, 7 anos, é bastante questionador. Sonha ser cientista quando crescer. “Quero criar remédios e olhar bactérias e micróbios no microscópio.” O menino é fã das aulas que ocorrem no laboratório da Emef Eda Mantoanelli, em São Caetano. No local, ele e os amigos do 2º ano A realizam muitas experiências.

Pedro Miguel Pauline, 7, também deseja virar cientista. “Quero criar uma máquina do tempo. Viajaria para a Pré-História para saber mais sobre a escrita dos homens das cavernas.”

Cada aluno tem caderninho em que registra as experiências, como foram realizadas, materiais utilizados, resultados e outras informações. A técnica é usada pelos cientistas de verdade.

Giulia Maria da Silva, 7, adorou o experimento em que todos vendaram os olhos e andaram em dupla pela escola. A turma pôde notar que o sentido da audição ficou melhor. “Vou ser veterinária. Sem saber ciência posso passar remédio errado.”

Quando tem dúvida, Anna Pierina Bello Gimenez, 7, costuma procurar a resposta na internet. “Outro dia, queria saber o nome do furinho que fica em cima da cabeça dos golfinhos (espiráculo). Pesquisei e descobri.”

Em casa, Tamires Braz Assaiante, 7, às vezes brinca com o jogo de química do irmão. “Tem um monte de vidrinho. Um dia ajudei numa experiência que ele queria muito fazer.”

Ninguém precisa virar cientista para seguir o exemplo dele: nunca desistir de procurar respostas para as nossas dúvidas.


Adolescente é protagonista de desenho

Imagine um adolescente apaixonado por guitarra, rock e ciência. Esse é Rockstar, o engraçado protagonista da animação que explica questões relacionadas à química e à astronomia. O primeiro desenho fala sobre a origem do metal e o segundo revela o mistério da água; ambos estão disponíveis no YouTube.

A professora Jane Gregorio-Hetem, do Instituto de Astronomia da USP, é uma das criadoras do projeto, cuja ideia nasceu no Ano Internacional da Química (2011), após o lançamento da HQ Ombros de Gigantes.

O principal objetivo da iniciativa é aproximar a ciência das crianças e adolescentes. “Mesmo que um jovem não tenha vocação para a carreira científica, é importante estimular que ele desenvolva desde cedo o espírito questionador.”

A terceira animação, sobre as moléculas no espaço, deve chegar no primeiro semestre de 2014. Confira as novidades no: www.HQastroRock.iag.usp.br.


Mad Science diverte com experimentos

Cientistas malucos que adoram fazer experiências inusitadas. Assim é a turma da Mad Science, especialista em explicar fenômenos científicos para o público infantil de modo bem criativo, mostrando que a ciência está no nosso dia a dia.

As experiências realizadas com gelo seco são as que mais chamam a atenção do público, segundo Dany Artel, diretor da Mad Science Brasil. Ajudam a ensinar o processo de sublimação, mudança do estado sólido direto para o gasoso.

Dany afirma que os adultos precisam incentivar e participar das descobertas científicas. “O importante é mostrar que se não temos uma resposta para a pergunta, então, está na hora de buscá-la. Quando isso acontecer, faça pesquisas na internet e nos livros e discuta os resultados. Para não dar bola fora, lembre-se de buscar fontes confiáveis.”

A Mad Science estará entre os dias 14 e 18, das 12h às 18h, no Shopping VillaLobos (Avenida das Nações Unidas, 4.777), em São Paulo. Além de se apresentar em programas de televisão, shoppings, bibliotecas e parques, a turma ensina experiências na internet. Os vídeos e a agenda do grupo estão no site www.madscience.com.br.


Passeio científico

É difícil dizer o que é mais legal na Sabina Escola Parque do Conhecimento (Rua Juquiá, tel.: 4422-2000), em Santo André. Tem pinguinário, aquário, réplica em tamanho natural do esqueleto de Tiranossauro Rex, simulador de fenômenos naturais, experimentos de física, o moderno Planetário Johannes Kepler, entre outras atrações.
Aberta ao público aos sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h (bilheteria fecha às 17h). Ingresso: R$ 5 e R$ 10; R$ 7,50 e R$ 15 para quem também quiser ver uma sessão do planetário. Grátis para quem tem menos de 5 anos, pessoas com deficiência e alunos e professores das escolas municipais de Santo André.

O Catavento Cultural e Educacional (Palácio das Indústrias, Praça Cívica Ulisses Guimarães, tel.: 3315-0051), em São Paulo, também oferece muitas atrações ligadas à ciência e às artes. É dividido em quatro espaços principais: Universo, Vida, Engenho e Sociedade; cada um é cheio de atividades, vídeos, maquetes e experimentos. Funciona de terça a domingo, das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h). Ingresso: R$ 3 e R$ 6.


Fique de olho!

A Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) tem site, em inglês, feito para o público infantil. Há jogos e informações. Mesmo sem versão em português, vale conferir: www.nasa.gov/audience/forkids/home.

O Observatório Nacional tem dois sites com curiosidades e jogos: www.on.br/pequeno_cientista e www.on.br/brincando_ciencia/site_brincando.

Pelo site www.ustream.tv/channel/live-iss-stream você confere ao vivo o que acontece na Estação Espacial Internacional!


Consultoria de Carlos Vianna, coordenador de projetos pedagógicos científicos da Sabina Escola Parque do Conhecimento; Marcos Calil, coordenador científico do Planetário Johannes Kepler; e das professoras Érica Oliveira Carvalho Pavan e Erika Romanholo Silva Lemos, da Emef Eda Mantoanelli.
 




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