Economia Titulo Na região
Remuneração diminui desenvolvimento familiar

Indicador da USCS aponta que problema é o aumento de
empregos menos qualificados e informais

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
25/09/2013 | 07:19
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O desenvolvimento socioeconômico da região caiu de 2011 para 2012. Maior parte deste decréscimo é resultado da ampliação de postos de trabalho com menores remunerações e informalidade, com participação relevante de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Esta é a conclusão do gestor do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano), Leandro Prearo, sobre o resultado do IDF-GABC (Índice de Desenvolvimento das Famílias do Grande ABC), lançado ontem pela instituição de ensino, que mantém coleta de dados retroativa a 2011.

O IDF-GABC mostrou 0,771 ponto para 2011. Sobre o ano passado, 0,763 ponto. Conforme sua metodologia, zero é o pior resultado e um, o melhor.

“Tivemos mais acesso nesse período a empregos com baixa remuneração. Isso fez com que a proporção dos que ganham menos aumentasse”, explicou Prearo.

Apenas como comparação, o indicador captou para o grupo Santo André, São Caetano e São Bernardo, em 2012, 0,777 ponto. Já Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra tiveram resultado de 0,741 ponto.

Considerando apenas as cidades, São Caetano aparece na frente, com o melhor desenvolvimento das famílias. Em seguida estão São Bernardo, Santo André, Ribeirão Pires, Mauá, Diadema e Rio Grande da Serra.

“É um ótimo indicador para as administrações públicas desenvolverem suas políticas. Mas, também, indiretamente, pode contribuir com as empresas”, destacou o vice-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Joaquim Celso Freire Silva. “Como o indicador pode ser desagregado, as empresas podem se beneficiar dos dados para avaliar o mercado.”

Com metodologia do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), e acréscimo de cinco variáveis que compõem 48, ao todo, o IDF-GABC aponta margem de erro de 2%. É baseado em amostra de 2.300 entrevistados, com 18 anos ou mais, escolhidos de forma aleatória, que respondem questões sobre vulnerabilidade familiar, acesso ao conhecimento, desenvolvimento infantil, acesso ao trabalho, disponibilidade de recursos e condições habitacionais.
 




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