Economia Titulo Negociação
Acordo coletivo é realidade para 82% dos metalúrgicos

Grupos 2 e 8 apresentam propostas de
reajustes salariais de 8% a sindicatos

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
25/09/2013 | 07:17
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Os grupos patronais 2 (máquinas e eletrônicos) e 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração, equipamentos ferroviários, esquadrias, construções metálicas, artefatos de ferro e rodoviários) apresentaram proposta de reajuste salarial de 8% aos seus trabalhadores. Desta forma, 82% dos metalúrgicos de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, excluindo aqueles que atuam nas montadoras, tiveram firmados os acordos coletivos. São 59.651 operários, de um total de 72.267.

Por isso, a nova estratégia do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC é não paralisar fábricas hoje. Ontem, houve greve em duas empresas: Brasmetal, que conta com 700 trabalhadores, em Diadema, e Inoxtubos, com 300 empregados, em Ribeirão Pires.

No começo da noite de segunda-feira, os trabalhadores da base do sindicato aprovaram as propostas do Grupo 3 (setores de autopeças, forjaria e parafusos) e das companhias de fundição.

Desta maneira, informou a entidade, todas as propostas dos demais grupos que tiverem as mesmas características, ou sejam, ainda mais favoráveis aos trabalhadores, serão automaticamente aceitas pela categoria.

Segundo a FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores no Estado de São Paulo), responsável pelas negociações com os representantes dos empresários, o aumento salarial será de 6,07%, referente à recomposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), mais 1,82% de expansão real, o que soma 8%.

“Esta proposta econômica está próxima do que tínhamos pensado como meta”, disse, por nota, o presidente da federação, Valmir Marques da Silva, o Biro-Biro. A ideia inicial da categoria era garantir a inflação e também um aumento real de 2%.

Na sexta-feira, a FEM-CUT/SP vai se reunir com Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação e material bélico) para discutir mais uma vez sobre o acordo coletivo. A federação rejeitou a última contraproposta dessas empresas de aumento salarial de 7,5%. O resultado deste encontro será avaliado para que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC trace sua estratégia. Até lá, garante a entidade, não há previsão de greve.
 




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