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Volpi elogia e dá nota 8 para Dedé

Para prefeito de Ribeirão Pires, seu indicado está se saindo bem nas ruas sem sua presença

Cynthia Tavares
do Diário do Grande ABC
24/07/2012 | 07:49
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Apesar de estar na política há 29 anos, o prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi (PV) não perdeu a alma de professor. O avaliado desta vez foi Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), atual vice-prefeito e indicado da administração para concorrer ao Paço. O prefeiturável tem feito sua campanha na rua sem a presença do verde.

"O Dedé não está na perfeição, no que chamamos de nota 10, mas eu daria nota 8. Ele é uma pessoa que tem discurso, possui bom planejamento de visitas e estrutura muito boa em torno dele", analisa o chefe do Executivo.

Desde que foi dada a largada pela busca do voto, Volpi não participou de atividades públicas ao lado do popular-socialista. As aparições conjuntas ocorrem apenas em pequenas reuniões à noite com candidatos a vereador. O prefeito lidera o setor de planejamento estratégico político da campanha.

O prefeiturável avalia que a estratégia da campanha separada está dando certo e cita a pesquisa revelada pelo Diário no domingo. O levantamento mostra empate técnico entre Dedé, Saulo Benevides (PMDB) e Maria Inês Soares (PT), mas o governista lidera com 25% das intenções de voto - 0,3% à frente do peemedebista.

"O meu sentimento é para o Clóvis continuar governando o município e nas horas de folga fazer campanha. Ele governando bem a cidade já é uma ajuda tremenda (para a campanha)", afirma o candidato. O popular-socialista ressalta que o prefeito tem trabalhado como cabo eleitoral. "O Clóvis também conversa com familiares, amigos. Ele tem feito a campanha dele."

Apesar do auxílio, Volpi deixa claro que seu desejo é ganhar as ruas ao lado do seu vice-prefeito. "(A licença) Não passa pela necessidade, mas pela minha vontade mesmo, pois eu sempre gostei desse momento eleitoral", considera.

Para o desejo do prefeito se tornar realidade, há um grande obstáculo jurídico a ser superado. O verde tem duas férias pendentes, mas como Dedé não renunciou ao cargo, o popular-socialista seria que obrigatoriamente assumir o comando do Paço. "Não adianta nada eu sair e ele ficar na Prefeitura", pondera Volpi.

A segunda opção legal para substituir Volpi é o presidente da Câmara, Gerson Constantino (PSD). Contudo, o parlamentar é o vice na chapa majoritária de Maria Inês e também fica impedido pela legislação. Com o imbróglio, a cadeira de prefeito acabaria com Allan Frazatti, por ser secretário de Assuntos Jurídicos.

Nos bastidores, comenta-se que Volpi, Dedé e o corpo jurídico da campanha realizam diversas reuniões para tentar encontrar solução para o caso. Os governistas também esperam resultados de outras pesquisas e avaliam o momento ideal para uma possível licença.




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