Economia Titulo Telefonia
Chip da Claro continua à venda na região
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
24/07/2012 | 07:20
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Nario Barbosa/DGABC


A proibição da venda de linhas telefônicas e modems da Claro no Estado de São Paulo não intimidou ou, então, passou despercebido pelo comércio popular da região. Ontem, a equipe do Diário percorreu lojas nas regiões centrais e boxes do Boulevard Itambé, em Santo André, e da Feirinha Lauro Gomes, em São Bernardo, e a comercialização de chips era farta; como se a notícia não tivesse chegado aos ouvidos dos vendedores, muitos deles ofereciam o produto a R$ 10.

"Temos os chips aqui, mas não estamos comercializando por conta da proibição", disse Reginaldo Pereira, proprietário da Banca Itambé, um dos únicos estabelecimentos que se negavam a vender o item nas proximidades da estação de Santo André. "Mesmo que a pessoa compre, ela vai voltar e reclamar que não funciona, já que a Claro temporariamente não está ativando as linhas novas", explica. Segundo ele, o lucro não é grande, portanto, não o prejudica ficar alguns dias sem vender o produto.

A atendente de informação Kelly Cristina Gobetti havia acabado de pedir um chip para levar à filha. "Por que está proibido?", questionou. Ela recarregou sua linha e de seu marido, que são da Claro, e disse que iria esperar para comprar o chip. Apesar da satisfação da cliente da operadora é a única que tem suspensa, desde ontem, a adesão de consumidores no Estado. Até que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprove o plano de investimentos e melhoria na prestação de serviço, a proibição será mantida.

As lojas próprias da operadora da região tinham todos os serviços para novos clientes suspensos.

Alessandra Santana, dona da Santana Games, em São Bernardo, também era uma das poucas da praça Lauro Gomes que se negava a comercializar chips da Claro. Ela ficou sabendo da proibição por meio de uma funcionária da operadora ao tentar fazer a troca de um chip que, na verdade, não tinha defeito, apenas tinha a ativação suspensa. De fato, a equipe do Diário adquiriu ontem um chip da operadora e não conseguiu ativá-lo pelo celular e nem por meio do call center da companhia.

De acordo com o Procon-SP, caso o consumidor consiga comprar o produto, ele tem o direito de devolver e receber o dinheiro de volta, da Claro ou do ponto de venda, já que não poderá usufruir do serviço. Para isso, é preciso comprovar com nota fiscal que a aquisição foi feita a partir de ontem - data da proibição.

Todos os pontos de venda devem ter afixado em local visível que, por determinação da Anatel, está suspensa a venda de planos de telefonia móvel, de voz e dados. Em caso de descumprimento, o consumidor deve denunciar à Anatel pelo site www.anatel.gov.br.

Apesar de elogiar o trabalho apresentado ontem pela Claro, o superintendente de serviços privados da Anatel, Bruno Ramos, disse que a decisão dificilmente poderá ser revertida nesta semana. Após reunião com o presidente da operadora, Carlos Zenteno, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que a companhia o convenceu de que quer resolver logo a situação. A Anatel se reunirá hoje com a TIM, proibida de vender em 18 Estados e Distrito Federal e a Oi, em cinco Estados. (com AE)




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