Política Titulo Cadeira na Câmara Federal
Governo apoia Marcos a estadual, diz Lauro

Prefeito de Diadema refuta ver secretário postulando cadeira na Câmara Federal para trabalhar para Kiko

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
22/09/2013 | 07:53
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Orlando Filho/DGABC


O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), afirmou que se o secretário de Educação, Marcos Michels (PV), quiser sair candidato a deputado estadual no próximo ano, “todo governo vai se voltar à candidatura dele”. Lauro disse, porém, que seu primo e vereador licenciado não concorrerá à cadeira na Câmara Federal.

Nesta semana, parte do grupo político que conduziu Lauro ao Paço apresentou plano de candidatura a deputado federal para Marcos. Segundo esse bloco, Diadema oferece condições para lançamento de dois postulantes com origem no governo, uma vez que o ex-prefeito de Rio Grande da Serra e assessor especial Adler Kiko Teixeira (PSDB) terá suporte do prefeito no seu projeto ao Congresso.

“Se o Marcos quiser vir estadual, o governo se volta todo para ele”, garantiu Lauro, evitando apoiar o primo para federal. “Federal ele não vem. Também acho que o momento agora não é de lançar uma única candidatura a deputado estadual, porque o governo precisa medir a gestão pelos candidatos. Hoje não tenho condição de pegar um candidato e elegê-lo”, emendou.

A articulação para Marcos ingressar na corrida eleitoral à Câmara Federal não foi bem digerida no Paço, até porque a alta cúpula da administração vem trabalhando intensamente nos últimos meses para abafar quaisquer projetos ao Congresso, com intuito de deixar o caminho dos votos livre para Kiko.

A cúpula reconhece que Kiko, por ter eleitorado fidelizado na microrregião Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, precisaria de todo suporte das principais figuras políticas do Executivo para deslanchar eleitoralmente em Diadema.

Lauro reafirmou que Kiko será seu candidato a deputado federal e fez análise da concorrência do aliado. Disse que o Grande ABC terá como postulante com forte potencial à reeleição na Câmara Federal apenas Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), de São Bernardo. “O (William) Dib (PSDB-São Bernardo) não é mais candidato. E o (Vanderlei) Siraque (PT-Santo André) não sei se vai se eleger”, disse o verde.

O cenário político em Diadema para a Câmara Federal não apresenta favorito na cidade, diferentemente do que aconteceu em 2010, quando o ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT) concentrou quase 85 mil votos no município. Para o próximo ano, o petista tem compromisso com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), de se manter à frente da Secretaria de Saúde e abdicar da tentativa de reeleição ao Congresso.

Nem mesmo o PT municipal projeta candidato a deputado federal, o que causará intensa invasão de postulantes de outras cidades. Francisco Chagas (PT-São Paulo), Ricardo Berzoini (PT-São Paulo) e Vicentinho já tem costurado dobradas em Diadema.

CONVITES

O prefeito revelou que Marcos recebeu convites de PSB e PMDB para concorrer a um dos 94 assentos na Assembleia Legislativa. “O Márcio França (presidente estadual do PSB) e o Paulo Skaf (pré-candidato a governador pelo PMDB) querem o Marcos como estadual. Ele (Marcos) falou em sair, está descontente no PV. Quero que ele fique na Secretaria de Educação e no PV.”




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