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Rompimento com Dilma não afeta PSB no Grande ABC

Eduardo Campos entregou cargos ao Planalto; socialistas continuam com petistas na região

Cynthia Tavares
22/09/2013 | 07:27
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O rompimento do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE), com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) não deve estremecer a relação entre as duas legendas no Grande ABC.

Na quarta-feira, o comandante de Pernambuco entregou os cargos que possuía na administração petista. A direção nacional da legenda deixou claro que a posição de Campos foi em âmbito nacional para pavimentar a candidatura do socialista ao Palácio do Planalto no ano que vem.

O presidente do PSB em São Paulo, deputado federal Márcio França (PSB-SP), disse ser impossível determinar posicionamento igual para todos os municípios no Estado. “A posição do PSB foi no plano nacional. Não vamos tornar essa decisão única porque cada cidade tem uma realidade diferente”, reiterou.

O caso mais delicado no Grande ABC é a cidade de Mauá. O PSB ocupa a Secretaria de Segurança, chefiada pelo presidente do diretório municipal, Carlos Thomaz. O partido tem a cota desde a gestão de Oswaldo Dias (PT, 2009 a 2012).

O comandante do partido no município afirmou que fica inviável se desvincular do prefeito Donisete Braga (PT), apesar do desligamento nacional. “Se o Eduardo oficializar a candidatura, o PSB terá um nome para defender, mas estaremos com o PT em Mauá, independentemente”, ressaltou.

Para Thomaz, Campos acertou na decisão de colocar à disposição as vagas que tinha no governo federal. “Acho que ele foi ético. Para abrir o debate sobre sua candidatura, ele pediu licença para a presidente Dilma. Saiu de forma pacífica. Por isso nossa decisão municipal é tranquila”, analisou o mauaense.

O vereador de Mauá Ivan (PSB) destacou a harmonia com o prefeito Donisete, apesar dos comentários do possível descontentamento da bancada socialista pela nomeação do ex-parlamentar Chico do Judô (PDT) para a Pasta de Esportes, que será criada até dezembro. “O casamento com o governo é perfeito. Será difícil romper. Ficaríamos com quem?”, questionou o socialista.

Se a relação dos socialistas com o PT em Mauá vai de vento em popa, o mesmo não se pode afirmar de Santo André e São Bernardo. Dirigentes socialistas das duas cidades garantem que a relação com os petistas é distante.

O presidente do diretório do PSB são-bernardense, Luiz Carlos Heredia, revelou que o acordo com o prefeito Luiz Marinho (PT) se encerrou com o término da eleição municipal em 2012. “O diálogo não vai mudar, porque ele não existe. Estamos chateados porque não fomos chamados para ajudar na composição do governo”, disse Heredia.

O único representante socialista na Câmara de Santo André, Almir Cicote (PSB), declarou que a legenda municipal não será afetada pelo rompimento. “Cada partido tem sua projeção municipal e o Eduardo (Campos) entendeu que esse era o momento do PSB se posicionar. Aqui na cidade não teremos problema porque não estamos junto com a administração”, declarou o parlamentar.
 




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