Economia Titulo Natal
Consumidor já encontra panetones à venda no comércio da região

Apesar de ainda faltar três meses para o Natal,
o produto está nas gôndolas e custa 10% mais caro

Yara Ferraz
Especial para o Diário
22/09/2013 | 07:10
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Claudinei Plaza/DGABC


Apesar de ainda estarmos a três meses do Natal, já é possível encontrar nas prateleiras dos supermercados e padarias os tradicionais panetones. Porém, o consumidor vai precisar desembolsar 10% a mais na hora da compra, de acordo com estimativa do Sipan (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Santo André).

A alta no preço se dá, principalmente, por causa do preço da farinha de trigo. De acordo com a pesquisa semanal da cesta básica realizada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento de Santo André), o item aumentou 4,05% nos últimos dias.

De acordo com o diretor e tesoureiro do Sipan, Carlos Alberto Lourenço da Clara, em relação ao início do ano o preço subiu, em média, 40%. “Comprávamos em janeiro um saco de farinha grande (50 kg) por R$ 60 em média. Agora esses preços já estão chegando a R$ 100”, declarou.

PRODUÇÃO

A Coop iniciou a produção de 350 toneladas de panetone, que já é encontrado na gôndolas do mercado. Ela produz mensalmente 20 toneladas do produto, que é vendido o ano inteiro.

De acordo com o gerente da central de panificação da Coop, Osmar Yoshihide Kimura, o produto é consumido no restante do ano “pelas pessoas que querem comer algo diferente no café da manhã, ou da tarde, substituindo algum pão doce pelo panetone.”

Kimura também declarou que, até o momento, o preço da farinha não alterou o valor final do produto. “Pode ser que em breve nós tenhamos que repassar. Por enquanto, porém, o valor continua o mesmo do ano passado”, declarou.

A equipe do Diário percorreu cinco supermercados da região – Sonda, Extra, Carrefour e Joanin, além da Coop – e notou que todos eles já dispõem em suas prateleiras panetones de fabricação própria.

ESPERA

Já a Padaria Brasileira fabrica panetones durante o ano inteiro, mas a empresa reforça a gama de itens desse tipo com a proximidade do Natal. Produtos com recheios de nozes, cereja e trufados só começam a ser produzidos em novembro.

“Investimos, em função do público que nós atendemos, em panetones mais elaborados. Eles são muito vendidos no fim do ano para dar de presentes”, afirmou o diretor Henrique Afonso Junior.

Segundo Afonso Junior, outro fator para que os panetones comecem a ser feitos mais tarde é a não utilização de conservantes, diferentemente dos industriais. “Procuramos focar nessa linha de produtos premium e tudo acaba sendo feito de forma artesanal e com fermentação natural”, disse.

De acordo com o diretor do Sipan, os panetones especiais são responsáveis por 70% das vendas em padarias no fim do ano. “Por isso as panificadoras investem, o que acaba sendo um diferencial no mercado”, disse.


INDUSTRIALIZADOS

Durante passagem da equipe do Diário por cinco supermercados do Grande ABC – Sonda, Extra, Carrefour, Coop e Joanin de quatro cidades da região – , foi verificado que, por enquanto, apenas os panetones de fabricação própria estão dispostos nas gôndolas.

A exceção fica por conta do Carrefour, em Santo André, que já dispunha de itens da marca Nestlé em suas prateleiras.

Os panetones de fabricação própria, de tamanho de 500 gramas, variam de R$ 4,29 a R$ 5,49. É sabido que, assim como ocorre com os demais produtos de marca própria dos supermercados, os preços são menores do que os dos concorrentes.

No caso dos industrializados, a diferença tranquilamente ultrapassa o dobro do preço e chega ao triplo. O produto da Nestlé, por exemplo, foi às gôndolas custando R$ 15,99.

A variedade dos produtos industrializados, também, geralmente é maior. Com novidades lançadas todos os anos, eles disputam mercado com os de marca própria. No entanto, o consumidor que tiver preferência por eles, vai ter de esperar um pouco mais para saboreá-los.
 




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