Economia Titulo Emprego
Região amplia vagas,
graças ao comércio

Grande ABC tem abertura de 780 empregos em
agosto, mas indústria fecha postos de trabalho

Leone Farias
21/09/2013 | 07:30
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Ari Paleta/DGABC


Impulsionado pelo comércio, o saldo de empregos com carteira assinada (diferença entre contratações e demissões) no Grande ABC ficou positivo em agosto, depois de três meses seguidos de fechamentos de vagas. Isso é o que aponta o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, divulgado ontem.

Os sete municípios registraram a abertura de 780 vagas, após 457 cortes em julho, 599 em junho e 303 em agosto. A criação de emprego no mês passado ocorreu, principalmente, graças ao setor comercial, que abriu 585 postos de trabalho. Ao mesmo tempo, a indústria e a construção civil eliminaram, respectivamente, 265 e 276 vagas.

A melhora do nível do emprego no comércio pode ser explicada, em parte, pela chegada, em outubro, de dois centros de compras, o Atrium Shopping, em Santo André, e o Golden Square Shopping, em São Bernardo, em que os lojistas se preparam para abrir as portas. Segundo o delegado regional do Corecon (Conselho Regional de Economia) no Grande ABC, Leonel Tinoco, esse fator, somado aos preparativos das empresas para o fim do ano colabora para a reação das contratações no segmento. Para ele, o setor comercial e os ramos de serviços tendem a se manter com contratações em alta, já que neste mês começam as admissões de temporários para atender ao tradicional aquecimento da demanda para o Dia das Crianças e o Natal.

Por sua vez, as vagas na área industrial recuaram no mês, principalmente por cortes ocorridos (308) em Diadema, que reúne grande número de pequenas fabricantes de autopeças. “Os produtos importados acabam exigindo menos empregos na indústria”, afirma Tinoco.

Para o diretor titular da regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Diadema, Donizete Duarte da Silva, o cenário demanda preocupação, já que a região é reconhecida por ser polo fabricante de componentes automotivos. “O modelo de negócios pensado só no fazer (as peças) precisa ser revisto”, diz. O dirigente defende projeto da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para que a profissão de cientista seja regulamentada, para que haja mais incentivo à pesquisa por parte das empresas.

Até agosto, a região tem saldo positivo em 9.382 vagas, 27,4% a mais que em 2012.
 




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