A greve nos bancos continua. Hoje, conforme estimativa do Sindicato dos Bancários do Grande ABC, 140 agências nas sete cidades ficaram com as portas fechadas, o equivalente a 1.400 funcionários de braços cruzados. Apenas atendimentos eletrônicos estarão disponíveis nessas unidades.

 Ontem, após mudança de estratégia, cujo foco era o Centro de Santo André, a categoria fechou 108 agências em toda a região, e não somente as 36 previstas no município. Cerca de 1.300 bancários não trabalharam.

 Conforme a equipe do Diário constatou, a greve atinge tanto bancos nas regiões centrais quanto nos bairros mais afastados das cidades. No Grande ABC existem, ao todo, 450 agências e, aproximadamente, 7.300 trabalhadores.

 “Nossa intenção é ampliar cada vez mais a greve”, destacou o presidente do sindicato, Eric Nilson. Ele explicou que as negociações com a Fenaban (Federação Nacional de Bancos) ainda não tiveram avanços. “Não ocorreram reuniões ontem (quarta-feira) nem hoje (ontem).”

REIVINDICAÇÃO

 Os bancários buscam, principalmente, reajuste salarial de 11,93%, o que garante aumento real de 5%. A proposta da Fenaban é de correção de 6,1% no total. Além disso, a categoria pede reforço de investimentos em segurança bancária, ampliação do emprego no setor e melhores condições laborais.

 As discussões sobre a campanha salarial dos bancários são conduzidas pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Central Única dos Trabalhadores). A entidade garantiu, ontem, que não há agendamento para reuniões com a Fenaban. Portanto, a greve segue em todo o País por período indeterminado.

 No Brasil, 6.145 agências e centros administrativos de bancos estavam fechados ontem, 1.013 unidades a mais do que na greve do ano passado. O território nacional conta com 143 sindicatos, que representam 490 profissionais.

 Por nota, a Fenaban disse que “lamenta essa posição dos sindicatos, que causa transtorno à população, e reitera que a maioria das agências e todos os canais alternativos, físicos (autoatendimento, correspondentes) e eletrônicos, vão continuar funcionando normalmente. Os bancos respeitam o direito à greve, entretanto, farão tudo que for necessário e legalmente cabível para garantir o acesso da população e funcionários aos estabelecimentos bancários.”