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Tendência da Sama é manter todas empresas na licitação

Diretor da autarquia em Mauá crê que recurso da Isamix não será acatado; edital tem suspeita de cartel

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
13/09/2013 | 07:04
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Nario Barbosa/DGABC


A Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) deve negar os recursos apresentados pela Isamix Tranding Ltda contra as outras cinco empresas participantes do certame, que prevê a contratação de empresa para locação de máquinas e equipamentos e que tem suspeita de formação de cartel. A decisão oficial da mesa avaliadora sai hoje.

Diretor financeiro e administrativo da Sama, José Viana Leite afirmou que leu previamente os questionamentos da Isamix e não acredita que a comissão, da qual preside, irá desabilitar alguma participante diante das alegações apresentadas. “Temos uma análise prévia de que é imprudente esse recurso apresentado”, disse.

Na semana passada, a empresa protocolou questionamentos sobre a ausência de contratos e notas fiscais anexos aos atestados apresentados pelas outras participantes. Porém, o edital não exige a documentação. “A nossa análise foi baseada no que foi pedido em edital e todas apresentaram de maneira correta”, justificou Viana Leite.

A comissão havia credenciado as seis concorrentes e estava tudo certo para a abertura dos envelopes, que ocorreria no dia 6. Porém, no último dia útil para apresentação de recursos, a Isamix surpreendeu.

O diretor avaliou que o pedido da empresa ocorreu no momento inoportuno. “Se ela julga importante esse tipo de documento deveria ter tentado impugnar o edital lá no começo da licitação. Agora fica difícil”, analisou Viana Leite.

Empresários participantes do processo licitatório que foram ouvidos pelo Diário garantem que a comissão não vai recuar e desabilitar alguma concorrente, pois seria prova de que a análise dos documentos não foi bem-feita. “Não existe problema em voltar, mas tudo precisa estar de acordo com o edital”, ressaltou Viana Leite.

O parecer da mesa avaliadora deve chegar ainda hoje à mesa do superintendente Atila Jacomussi (PCdoB). Após a assinatura dele, a abertura dos envelopes será marcada. A expectativa é que a audiência seja definida na terça-feira. “Como vamos dar o parecer amanhã (hoje), segunda-feira fica muito em cima”, alegou o diretor.

A licitação está sob suspeita de formação de cartel. Quatro empresas são acusadas de participar do conluio: a PCS Construção e Saneamento, Unyduy Comercial Locações, Schunck Terraplenagem e Transportes e a JP Bechara Terraplenagem e Pavimentação, que seria a beneficiada do cartel e ganharia o contrato de R$ 4,7 milhões por ano.
 




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