Política Titulo Conflito interno
Chefe de gabinete de S.Caetano deixa o cargo

Eduardo Casonato pediu exoneração e poderá ser readmitido para outra função no governo

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
10/09/2013 | 07:14
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Eduardo Casonato (PTN), chefe de Gabinete do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), pediu exoneração do cargo ontem. Essa é a segunda baixa no primeiro escalão do peemedebista desde que ele assumiu o Palácio da Cerâmica, em janeiro.


De acordo com a Prefeitura, Casonato conversou com o prefeito antes de entregar o cargo e o governo ainda não definiu quem será o substituto. Além disso, o Paço ainda destacou que o ex-chefe de Gabinete deverá passar apenas alguns dias em “descanso” para depois ser readmitido em uma nova função na administração.


O principal cotado para assumir a chefia de Gabinete é o atual ouvidor, Roberto Martins. Além de ter boa relação com Pinheiro, Martins já exerceu funções estratégicas em prol do prefeito. Foi advogado da campanha do peemedebista e também foi escalado para resolver a primeira crise interna da gestão.

Quando a vice-prefeita Lucia Dal’Mas (PMDB) rompeu com Pinheiro, no fim de março, e seu marido, Marco Antonio Dal’Mas (PMDB), entregou o cargo de ouvidor, Martins assumiu para preencher a lacuna.
“Não recebi nenhum convite do prefeito nem conversamos sobre isso”, despistou Martins. Caso Pinheiro formalize, de fato, o convite, o ouvidor afirmou que não teria como dizer ‘não’. “Se for chamado a exercer qualquer função dentro do governo eu tenho que ir. A gente pertence a um grupo e o chefe (Pinheiro) é quem determina as funções.”


Casonato foi um dos principais apoiadores do prefeito durante a empreitada eleitoral. Foi responsável por organizar todos os encontros de bairros, eventos que reuniram munícipes para ouvir as propostas do então prefeiturável. O ex-chefe de Gabinete também ganhou força quando assumiu assento na executiva estadual do PTN e o comando da sigla em São Caetano, o que garantiu a transformação do partido em via auxiliar do PMDB.


O desempenho na chefia de Gabinete nunca foi questionado internamente. Mas Casonato colecionou desentendimentos internos. O primeiro ocorreu em julho, por questões administrativas, com o secretário de Saúde e presidente da Fumusa (Fundação de Saúde), Sallum Kalil Neto, um dos homens-fortes do governo. O segundo, gota d’água para o desligamento, foi com a filha do prefeito, a assessora especial Gica Pinheiro (PMDB).
 




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