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Lauro verá ‘chuva’ de candidatos à Assembleia

Apesar de apoio a Morando e Regina, prefeito de Diadema terá de conviver com projetos paralelos

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
09/09/2013 | 07:49
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Montagem/DGABC


Embora o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), tenha pedido a integrantes do alto núcleo do governo o apoio irrestrito às candidaturas de reeleição dos deputados estaduais Orlando Morando (PSDB) e Regina Gonçalves (PV), a possibilidade de lançamento de projetos paralelos dentro da bancada governista na Câmara tem mudado a estratégia eleitoral dentro do Paço.

Antes do pedido para endossar as campanhas de Morando e Regina, ao menos dois secretários da administração nutriam desejo de estar nas urnas em 2014: Marcos Michels (Educação) e Márcio da Farmácia (Obras), ambos do PV.

Contudo, a base aliada se articula para o lançamento de ao menos três candidaturas à Assembleia. Os vereadores Vaguinho do Conselho (PSB), Ricardo Yoshio (PR) e José Dourado (PSDB) – este último líder do governo na Casa – têm planos de concorrer a uma das 94 cadeiras do Legislativo paulista.

Na sexta-feira, Lauro admitiu ser difícil fechar todos os aliados em torno das candidaturas de Morando e Regina. “Eu vou apoiar o Orlando e a Regina para estadual e o (Adler) Kiko (Teixeira, PSDB, assessor especial da Prefeitura) para federal. Mas não dá para restringir (projetos eleitorais). Nem o PT conseguiu.”

Em 2010, o então prefeito Mário Reali (PT) concentrou esforços em turbinar a campanha do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT), seu padrinho político, para a Câmara Federal. Para deputado estadual, sequer o PT conseguiu fechar consenso, pois lançou quatro candidatos pelo diretório diademense – José Antônio da Silva, Irene dos Santos, Joel Fonseca e Renato do Geb.

Ninguém foi eleito e Diadema perdeu representatividade na Assembleia, algo que não acontecia desde que Gilson Menezes (PSB) retornou ao Paço, em 1997 (a derrota do tucano José Augusto da Silva Ramos contribuiu para piorar o retrospecto). Em 2010, além dos quatro petistas, quatro integrantes da antiga base governista concorreram – Laércio Soares (PCdoB), Cida Ferreira (PMDB), Gilson (ex-vice de Reali) e Regina (então governista, que chegou ao Legislativo depois que Edson Giriboni virou secretário do governo do Estado).

O grupo político mais próximo de Lauro voltou a intensificar diálogos sobre a candidatura de Marcos, alegando que o primo do prefeito seria um nome legítimo da ala que trabalhou intensamente pelas eleições de Lauro a vereador por duas vezes e pela vitória do verde no pleito do ano passado, interrompendo a dinastia de 30 anos de gestões petistas e de seus aliados.

Além disso, um eventual projeto político de Marcos Michels à Assembleia serviria para projetar o sucessor de Lauro, caso o prefeito conquiste a reeleição em 2016.

DOURADO
Líder da administração na Câmara, Dourado pediu apoio a Lauro para concorrer a deputado estadual. Ele chegou a afirmar que queria disputar uma das cadeiras na Câmara Federal.
Segundo o tucano, o projeto político ainda “está sendo estudado”. A intenção de Dourado é captar a votação de José Augusto, que anunciou aposentadoria neste ano.
 




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