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Por demissões, Pinheiro adia reforma administrativa

Segundo prefeito de São Caetano, cortes no Paço serão definidos apenas na semana que vem

Gustavo Pinchiaro
do Diário do Grande ABC
31/08/2013 | 07:43
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Nario Barbosa/DGABC


 O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), adiou o anúncio da reforma administrativa – previsto para ontem – para definir a lista de demissões com o seu secretariado. A proposta, segundo o peemedebista, já esta formatada e será apresentada durante a semana que vem.

“Não fizemos o anúncio porque queremos definir a lista de demissões em conjunto. Estou terminando a conversa com os secretários para identificar quem são os funcionários que podem ser desligados da Prefeitura”, explicou o prefeito.

Ontem, o núcleo duro da gestão Pinheiro se reuniu à tarde no Palácio da Cerâmica para discutir detalhes da proposta. A reforma vai promover junções de Pastas e trocar nomes do primeiro escalão que não vêm atendendo a expectativa da administração. A ação também visa diminuir o número de secretários que têm salários de R$ 19 mil. Detalhes da mudança, no entanto, estão sendo mantidos em sigilo. “Não vamos adiantar nenhuma informação. Queremos tornar público o projeto completo”, declarou o peemedebista.

O objetivo da Prefeitura é enxugar os gastos em 30%. As finanças do Paço têm registrado saldo negativo, mês a mês. Além dos R$ 264,5 milhões de restos a pagar referentes ao período de 2012, o governo já registra deficit acima de R$ 15 milhões. “Precisamos resolver essa questão, temos de fechar o balanço do meu primeiro ano positivo”, comentou Pinheiro.

Apesar da alteração estrutural ser o carro-chefe da ação para economia, o prefeito não vê o ponto como parte principal da gestão. “Não é minha prioridade, vou tomar outras medidas em conjunto. As demissões e os descontos para reparcelamento de dívidas dos munícipes com a Prefeitura, por exemplo, também vão ajudar a recuperar receita”, explicou.

A principio, o peemedebista disse que demitiria 30% dos terceirizados, o que representaria 2.916 funcionários, mas depois recuou e condicionou o corte no funcionalismo à adequação orçamentária.

Segundo o prefeito, a expectativa é a de que, com a contenção de gastos, seja possível fazer planejamentos administrativos para investimentos concretos no município. “Esses meses finais do ano vão servir para normalizar as coisas. Ano que vem queremos começar com investimentos para melhoria da qualidade de serviço da cidade”, pontuou.

Financiamentos externos, por meio de repasses do Estado e da União, também serão explorados pelo Palácio da Cerâmica com apresentação de projetos. Recentemente o município conseguiu reaver a CND (Certidão Negativa de Débitos), título que havia perdido desde o ano passado e impossibilitava o recebimento das verbas externas.




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