O contribuinte, definitivamente, não para de pagar impostos. Essa é a sina do brasileiro, que a cada ano trabalha mais para sustentar governos federal, estaduais e municipal. Desde janeiro, já foi arrecadado R$ 1 trilhão. No ano passado, a marca foi alcançada dois dias depois. Em 2013, para se ter ideia, foi em 13 de setembro. Em 2010, o montante foi atingido em 18 de outubro.

Isso é o que aponta o Impostômetro, painel digital instalado no centro de São Paulo, que contabiliza em tempo real o recolhimento de impostos. A iniciativa é fruto de parceria entre a ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).

Até hoje, cada brasileiro já pagou, em média, R$ 5.117,86 em tributos. Até o fim do ano, o desembolso chegará a R$ 8.202.

Para que os cidadãos se conscientizem dessa alta carga tributária e cobrem serviços públicos de qualidade, o Movimento das Associações Comerciais faz hoje, a partir das 10h30, mobilização em frente ao painel do Impostômetro, na Rua Boa Vista 51, no centro da Capital. Será distribuído um estudo completo do IBPT sobre os impostos arrecadados.

Este é o sexto ano consecutivo que o Impostômetro chega a marca de R$ 1 trilhão. No último dia de 2013, ele deverá registrar R$ 1,62 trilhão. “A carga é muito alta, mesmo com todas as desonerações, com a queda da atividade econômica. Esperávamos que esse valor fosse alcançado um pouco depois do que esta data”, avalia o presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), Rogério Amato. Para ele, são necessárias mudanças. “Isso chegou no limite do tolerável. As demandas estão aí, as ruas mostraram isso. É preciso fazer gestão, simplificar, tirar esse peso enorme e transferir isso para bons serviços, bom atendimento”.

Do R$ 1 trilhão, o tributo de maior arrecadação é o ICMS, com 20,66% do total, seguido da contribuição previdenciária para o INSS com 18,02%, do Imposto de Renda com 17,17% e da Cofins com 10,84%