Chefe do Executivo de S.Bernardo evita falar nomes; Tarcísio e Luiz Fernando são favoritos à indicação
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), quer evitar ao máximo a discussão sobre quem será o candidato à sua sucessão em 2016. Mesmo com a bolsa de apostas apontando a definição num duelo polarizado entre o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli, e o pré-candidato a deputado estadual e presidente do São Bernardo Futebol Clube, Luiz Fernando Teixeira, para Marinho, antecipar o debate “enfraquece” o governo.
Sem demonstrar pressa para tratar do assunto, o petista diz que não é adequado qualquer um dos aliados sair candidato a prefeito antes da hora. “Estou iniciando o (segundo) mandato e quem se colocar como candidato se coloca contra mim. Discutir isso agora é encurtar minha gestão e enfraquecer o governo”, disse o petista.
Contudo, ciente da necessidade de preparar um nome para sucedê-lo, o chefe do Executivo deixa recado para quem almeja disputar a Prefeitura daqui a três anos. “Tem de trabalhar e ser mais eficiente do que está fazendo. Isso vale para qualquer um. A prioridade é realizar um governo tão forte quanto foi o primeiro mandato e na hora certa lançar o candidato”, adverte o petista.
Luiz Fernando é o mais cotado para disputar o pleito, apesar de declarar que seu nome não está colocado para 2016. Amigo de Marinho, o dirigente do Tigre oficializou seu retorno ao PT no dia 13 e já trabalha nos bastidores candidatura por assento na Assembleia Legislativa.
Integrante da alta cúpula do governo Marinho desde 2009, Tarcísio era visto por muitos como o nome natural para disputar a eleição municipal ao fim do mandato. As especulações aumentaram após ele trocar a Pasta de Coordenação Governamental, focada mais na articulação de bastidores, pela Secretaria de Serviços Urbanos no começo do ano.
Comandando o setor, ele está mais próximo da população e está tocando projetos com mais visibilidade, como a coleta seletiva e a construção da usina para incineração de lixo, prevista para iniciar ainda neste ano com custo de R$ 4,3 bilhões.
Correm por fora pela indicação de Marinho o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, e o secretário de Saúde, Arthur Chioro.
ALCKMIN FAVORITO
Assim como evita discutir a sucessão municipal neste momento, Luiz Marinho também descarta qualquer favoritismo ao PT na disputa ao governo do Estado. Ele considera que, apesar do desgaste gerado pelos 20 anos do PSDB à frente do Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin é favorito para permanecer no posto.
“Quando elegemos o (prefeito da Capital) Fernando Haddad, muita gente do PT e dos partidos aliados consideraram que venceríamos no Estado. Eu pedi calma. O governador Alckmin é uma liderança forte. Mas não estou dizendo que o partido não tem chance, porque tem”, reconhece.
Segundo Marinho, a manutenção de uma legenda no governo por muito tempo gera ônus e bônus. Para ele, esse dilema também envolve o PT no governo federal e foi visível em Diadema, onde a sigla perdeu a eleição municipal após 30 anos no poder.
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