O PMDB não fará aliança formal com o PT em torno da candidatura de reeleição do presidente Luis Inácio Lula da Silva. A ala governista do partido se encontrou com Lula nesta segunda-feira, no Palácio da Alvorada, para propor a criação de um movimento pró-Lula dentro do PMDB, que está dividido entre as candidaturas de Lula e de Geraldo Alckmin (PSDB-SP).

Com a decisão, o presidente terá liberdade para escolher o vice de sua chapa em outra sigla. Para os peemedebistas contrários à candidatura própria do partido, a vaga de vice não interessa, já que é melhor para a legenda eleger as maiores bancadas na Câmara e no Senado e o maior número de governadores. No entanto, os governistas cobram no encontro uma reciprocidade do PT.

De acordo com o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), os diretórios que não vão aderir ao pró-Lula para apoiar Alckmin são Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Acre e Pernambuco.

O jantar nesta segunda-feira com Lula foi solicitada pelos próprios peemedebistas. Estiveram presentes os líderes na Câmara e Senado, o ministro das Comunicações, Helio Costa, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador José Sarney (PMDB-AP) e os deputados Jader Barbalho (PMDB-PA) e Eunício Oliveira (PMDB-CE).