Economia Titulo Indústria
Mesmo com dólar em alta, importações de pneus crescem 21%

Produção nacional sobe 6,7%; outros custos pesam
para fabricantes, diz associação do setor

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
20/08/2013 | 07:30
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Divulgação


As importações seguem sendo um problema para a indústria nacional de pneus, apesar da valorização do dólar frente ao real nos últimos meses. As compras desses produtos do Exterior cresceram 21% no primeiro semestre ante mesmo período de 2012.

Por sua vez, a produção nacional de pneus teve expansão bem mais modesta: apenas 6,7%, passando de 31,68 milhões de unidades de janeiro a junho de 2012 para 33,79 milhões nos seis meses iniciais deste ano, de acordo com dados divulgados ontem pela Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneus) – embora a fabricação de veículos no País tenha aumentado 18%.

A mudança da taxa cambial para novo patamar – ontem, o dólar atingiu R$ 2,39, maior cotação desde 2009 – é vista como positiva, na avaliação do presidente da Anip, Alberto Mayer, por aumentar a competitividade do produto brasileiro no mercado nacional e nas exportações. No entanto, não é considerada suficiente para compensar as vantagens dos fabricantes de outros países.

Ainda segundo a associação, a indústria tem custos mais elevados do que os competidores internacionais, por causa da alta carga tributária, pelas deficiências da logística do País e pela burocracia, entre outros fatores. Além disso, Mayer afirma que há ainda concorrência desleal, com importação irregular e preços abaixo do custo (dumping).

O setor é representativo na região. Em Santo André, a Pirelli fabrica produtos para caminhões e tratores, enquanto a BridgestoneFirestone faz itens para várias linhas, incluindo veículos de passeio. Juntas, as duas fábricas no município geram cerca de 5.700 empregos, segundo o Sindicato dos Borracheiros de São Paulo e Região.
 




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