Ministro da Saúde é o escolhido para tentar interromper a hegemonia do PSDB no Estado
Acabou o mistério. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, será o candidato do PT ao governo do Estado em 2014. A direção estadual do partido bateu o martelo após reuniões realizadas nos últimos dias. Mas a decisão só será oficializada após a conclusão da MP (Medida Provisória) que prevê a contratação de médicos estrangeiros para atuar no Brasil.
“O Padilha foi o nome que mais se consolidou nesse processo, portanto, era a escolha natural para o partido”, disse o presidente estadual do PT, Edinho Silva. Segundo o mandatário estadual petista, não houve resistência ao nome do ministro.
O PT começará a trabalhar a pré-campanha de Padilha depois do encontro metropolitano da sigla, que será realizado entre os dias 17 e 18, na Capital.
Especulado desde o ano passado, O indício de que Padilha se tornou favorito para disputar o Palácio dos Bandeirantes se deu com a transferência do título eleitoral de Santarém (PA) para a Capital. Também houve desistência do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, derrotado por Geraldo Alckmin (PSDB) no pleito de 2010.
Ele desbancou nomes como os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da fazenda, Guido Mantega. O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), também teve o nome comentado, mas foi perdendo força, principalmente pelo discurso do chefe do Executivo de concluir o segundo mandato no Paço.
Integrante do primeiro escalão do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), Padilha terá como padrinho político o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que publicamente tem enaltecido a figua de Padilha. O aval de Lula foi decisivo para consolidar o desafio do ministro.
Assim como fez em 2008 e 2010, quando foi para as ruas para ajudar a eleger Marinho e Dilma, Lula, recuperado de um tumor na garganta, vai ser o principal cabo eleitoral de Padilha para quebrar a hegemonia tucana no comando do governo estadual, que já dura 20 anos.
Para convencer o eleitorado a optar por um nome sem experiência nas urnas, a cúpula do PT pretende adotar o mesmo discurso de renovação aplicado a Fernando Haddad (PT), que também integrou o governo Dilma.
A estratégia consiste em explorar o desgaste sofrido por Alckmin, que vive o momento de maior desgaste dede que assumiu o controle do Estado mais rico do País.
Mas, ao mesmo tempo em que vai trabalhar o nome de Alexandre Padilha, o PT pretende evitar que a exposição do ministro possa ser considerada campanha antecipada. Por isso, o titular da Pasta deve diminuir os compromissos oficiais no Estado.
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