O prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), assinou convênio com a Fundação do ABC para terceirizar o sistema municipal de Saúde. O plano de trabalho deve ser apresentado até o fim do mês para que os profissionais comecem a atuar nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) o quanto antes.

A planilha que será elaborada pelo Executivo prevê médicos, enfermeiros e técnicos para realização de exames com diagnóstico por imagem. A UBS Central e o Caps (Centro de Atenção Psicosocial) serão os primeiros equipamentos municipais a receber nova mão de obra. Somente após a relação da necessidade de funcionários será possível ter ideia do custo.

Maranhão sustentou que a terceirização do sistema de Saúde foi necessária para trazer mais infraestrutura à rede. “Com esse contrato vamos conseguir ampliar o serviço para os bairros. Poderemos disponibilizar mão de obra para outras unidades de Saúde”, explicou.

A secretária de Saúde, Regina Maura Zetone, declarou que a intenção da Pasta é tornar mais fácil o acesso dos munícipes aos médicos. “Vamos espalhar profissionais pelos bairros. Quero deixar pelo menos um clínico geral, um pediatra e um ginecologista todos os dias nas unidades básicas.”

A Fundação também será responsável pelo treinamento dos agentes de Saúde contratados por concurso público que irão atuar no PSF (Programa de Saúde da Família), outra medida para descentralizar o atendimento.

Regina pretende diminuir o número de consultas ambulatoriais na UBS Central, único posto de emergência na cidade, até que a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento 24 horas) seja inaugurada. “Com a mão de obra que tenho disponível, já comecei a realizar um jogo de xadrez para direcionar a prioridade de atendimento para a UBS. Diminuiu cerca de 30% o atendimento na unidade do Centro”, contou a secretária.

A Fundação e a Prefeitura já possuíam convênio desde o começo do ano para oferecimento de médicos na UBS Central. O contrato custa, em média, R$ 300 mil mensais.

Em janeiro de 2005, a Prefeitura de Rio Grande da Serra terceirizou o sistema municipal de Saúde por contrato emergencial com a Cemed. O contrato foi encerrado em 2009, quando a MRF Médicos assumiu o serviço. Um dos sócios da empresa, Maurício Gonçalves Fonseca, também tinha participação na Cemed.

A ligação ocasionou ação no Ministério Público. O Judiciário acredita que houve direcionamento na licitação para que as empresas fossem vencedoras do certame.
Desde 2010, o sistema era gerenciado pela administração municipal.

EDUCAÇÃO INFANTIL
Maranhão firmou o termo de adesão do programa estadual Creche Escola durante cerimônia no Palácio dos Bandeirantes. A Secretaria de Educação e a Pasta de Obras começaram estudos técnicos para avaliar o investimento que será feito. O bairro que será beneficiado com a construção da creche e o número de vagas ainda não foram definidos. “Estamos pensando na Vila São João, mas ainda não sabemos se será possível. É preciso ver se existe terreno disponível”, disse o prefeito.

Essa será a segunda unidade educacional conquistada pelo governo Maranhão. O complexo na Avenida Dom Pedro I começou a ser construída e custará R$ 10,4 milhões.