Economia Titulo Alta
Taxa de desemprego
na região volta a
subir em junho

Apesar de ainda ser o segundo menor índice para o mês da série histórica, foi a sexta alta seguida

Leone Farias
do Diário do Grande ABC
01/08/2013 | 07:20
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Divulgação


A taxa de desemprego no <CW-9>G</CW><CW-25>rande ABC cresceu pelo sexto mês seguido. Em junho, 10,9% da PEA (População Economicamente Ativa, ou seja, o total de pessoas empregadas ou em busca de emprego) estavam sem ocupação, de acordo com dados de pesquisa da Fundação Seade e do Dieese. Esse percentual ficou ligeiramente acima dos 10,6% de maio, que já havia sido maior do que o índice de abril (10,2%)<CF51> – veja quadro ao lado.

Apesar disso, ainda é a segunda menor taxa para o mês – só perde para junho de 2011, quando estava em 10,7%. O cenário na região poderia estar pior. Isso porque, embora as empresas tenham fechado 36 mil vagas, houve também a saída de 35 mil pessoas do mercado, ou seja, que deixaram de procurar emprego.

Dessa forma, o índice de desemprego ficou relativamente estável por causa de um comportamento não usual da PEA para o período, conforme analisou o gerente de pesquisa do Seade, Alexandre Loloian. Isso, segundo ele, teria ocorrido por causa do cenário de incertezas da economia, que pode fazer com que integrantes da família (por exemplo, filhos que estão estudando) adiem a busca por uma colocação.

O panorama traz alguma preocupação. O percentual de pessoas no mercado de trabalho (em relação ao total de habitantes com mais de 10 anos de idade) está em 60,8%, nível historicamente baixo, e se a situação econômica se deteriorar e mais gente voltar a procurar trabalho, pode haver piora expressiva da taxa de desemprego, avalia Loloian. Porém, ele não considera que existam motivos para que isso ocorra nos próximos meses.

SETOR - Dentre os setores, o principal responsável pela queda na ocupação em junho foram os ramos de serviços, que fecharam 41 mil postos no mês, seguida pelo comércio, que eliminou 4.000. A indústria, por sua vez, mostra ligeira recuperação, com abertura de 5.000 vagas – porém o setor ainda é está com 38 mil empregos a menos que há um ano.

A pesquisa para o Grande ABC não traz detalhamento de quais subsetores contribuíram mais para as reduções, mas isso ocorre no levantamento para a Região Metropolitana, em que as áreas mais afetadas foram serviços domésticos e os relacionados a hospedagem, restaurante, cultura e lazer.

A avaliação do gerente do Seade é de que as incertezas da economia, somadas ao alto nível de endividamento da população – que chegou a 44% da renda, conforme o Banco Central –, por exemplo, contribuem para o consumidor começar a cortar despesas, deixando de comer fora ou de ir passear.
 




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