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Wolverine: Imortal
decepciona os fãs

Segundo filme solo do mutante não engrena
além de sequencias de ação; longa estreia hoje

Angela Correa
26/07/2013 | 07:22
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Divulgação

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É pena, mas não foi desta vez que um dos mais carismáticos mutantes da Marvel ganhou um longa-metragem à altura. 'Wolverine: Imortal', que chega hoje aos cinemas, não conseguiu superar o nível de bem coreografadas (e belamente filmadas) sequências de ação e avançar com eficiência nos conflitos existenciais do personagem.

E ganchos para aprofundar a narrativa não faltaram. O arco que inspirou o filme dirigido por James Mangold encontra Wolverine/Logan exilado em uma montanha após a morte da amada Jean Grey (Famke Janssen). A sina de continuar vivo é cada vez mais insuportável. O roteiro, de Mark Bomback, Scott Frank e Christopher McQuarrie, se inspira na HQ Eu, Wolverine, lançada nos anos 1980.

Assim como em 'X-Men – Origens: Wolverine', a história se apoia totalmente nas costas largas de Hugh Jackman. Na sexta vez em que o ator australiano assume as garras de adamantium, a simbiose entre intérprete e personagem está completa. É até irônico lembrar que, depois da estreia da franquia nos cinemas, ele chegou a afirmar que teve dificuldades em encontrar o tom soturno e agressivo que o papel exigia.

Em 'Imortal', Jackman empresta ainda uma aura depressiva a Logan. Ele só abandona seu estado de isolamento quando um grupo de caçadores intervém em seu ‘habitat’. É justamente nesse momento que ele conhece Yukio (Rila Fukushima). A garota veio do Japão especialmente para levá-lo ao encontro do seu chefe, o empresário Yashida (Hal Yamanouchi), que foi salvo pelo mutante durante o ataque nuclear a Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial.

Relutante, Logan segue para Tóquio. Lá, descobre que Yashida não está apenas grato. Quer oferecer uma troca: obter o fator de cura do mutante para se livrar de um câncer e transformá-lo em um homem comum, a chave para todas as suas angústias.

Embora recuse a proposta, o herói percebe que está cada vez mais fraco em sua estada na Ásia, incapaz de se recuperar dos ferimentos mais banais. Obra da vilã Viper (Svetlana Khodchenkova), infiltrada no staff do empresário.

O enfraquecimento é bastante inoportuna porque Wolverine não demora a se envolver numa guerra da máfia japonesa. Mariko (Tao Okamoto), neta e menina dos olhos do velho Yashida, é o principal alvo da Yakuza. Logo se tornam amantes. Porém, um dos principais interesses amorosos de Wolverine nos quadrinhos, a versão em carne e osso de Mariko carece de sal.

O romance, que poderia conduzir a uma produção de mais estofo, estagna. Agora é esperar por X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, prometido para o ano que vem. O longa, que tem Bryan Singer como diretor, reúne o elenco forte da primeira trilogia com os novatos de Primeira Classe (2011). Química garantida.




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