Política Titulo Revolução
Do PSTU, Ivanci defende calote de dívida

Para ele essa é a única maneira de equacionar os problemas

Marília Montich
Do Diário do Grande ABC
17/07/2012 | 07:52
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O candidato a prefeito de Diadema Ivanci de Souza (PSTU) aposta no não pagamento da dívida pública como solução para os problemas da cidade. Segundo ele, essa é a única forma de adquirir recursos suficientes para investir em melhorias para os munícipes.

"Precisa-se necessariamente do dinheiro que se emprega na dívida pública, já que não há como tirar de outras áreas. Essa quantia tem de virar investimento paras os diversos setores, como Saúde, Educação e Habitação", afirmou. "Os banqueiros e latifundiários já ‘engordaram' demais. Por isso, nossa proposta é o não pagamento dessa dívida e o investimento naquilo que a cidade precisa." Hoje, a dívida consolidada de Diadema está em R$ 255,9 milhões, sendo que a maior parte, de R$ 197,3 milhões, é referente a passivos com precatórios.

Em tom revolucionário, Ivanci criticou os partidos rivais e a forma como a política é feita hoje no Brasil. "O que o Estado deveria fazer, ele não faz. Em vez disso, eles (governantes) estão preocupados em mostrar que têm responsabilidade fiscal", disse. "A política do PT e do PSDB são idênticas, que é fazer cumprir as leis a favor da burguesia", completou o postulante ao Paço, que citou a necessidade de "confronto" na busca por uma Diadema melhor.

O "investimento", de acordo com Ivanci, visa melhorar a vida dos menos favorecidos, parcela da população negligenciada pelos governos na opinião do professor. "Defendemos com ardor e paixão a classe trabalhadora, que já está cansada de pensar que vai ter de esperar anos para ter uma vida melhor", avaliou. "O mundo já nos deu provas de que ou se beneficia uma classe ou outra, de que não existe governo para todos. A opção de Diadema, assim como a do Estado de São Paulo, tem sido governar para os mais ricos. As migalhas que caem talvez deem para fazer ‘bolsas' alguma coisa."

 

PLANO DE GOVERNO

O prefeiturável expôs poucas e genéricas propostas em seu plano de governo. Entre elas estão a luta contra a injustiça social, a denúncia à exploração e a defesa da moradia digna para todos. Nenhuma meta quantitativa foi anunciada. "Os dados são dinâmicos e quantificar é difícil até para quem já está governando. Além disso, as necessidades de Diadema não se dão num contexto isolado, e sim num nível nacional", justificou.




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