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Cursos em destinos exóticos

Malta, África do Sul, China, Costa Rica e Nova Zelândia caíram no gosto dos brasileiros

Eliane de Souza
Do Diário do Grande ABC
25/07/2013 | 07:00
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Foto: Shutterstock


Não há dúvidas de que Estados Unidos, Inglaterra e Canadá são os destinos preferidos de quem precisa de rápida imersão no idioma de Shakespeare. Mas há alguns anos a oferta de cursos mais baratos e a oportunidade de vivenciar uma cultura completamente diferente têm atraído estudantes para destinos exóticos.


Segundo a Belta (Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais), Malta, África do Sul e China se destacam como os novos países que caíram no gosto de intercambistas nos últimos anos. Já a Nova Zelândia aparece como o destino mais desejado devido à segurança, à facilidade de tirar o visto e à boa relação entre custo e benefício.


CI, ClickOn e STB também estão comercializando cursos para lugares exóticos, como Costa Rica e Malta. Luiza Vianna, gerente de produtos da área de cursos da CI, conta que Malta – arquipélago localizado no Mar Mediterrâneo, perto da Itália – tem custo-benefício excelente, com pacotes a partir de US$ 2.000.


Como a procura por idiomas entre adultos atende principalmente à necessidade das empresas onde atuam, há executivos que embarcam rumo à China para aprender mandarim, observa Fernanda Zocchio Semeoni, diretora de produtos e operações da Experimento.


Segundo dados da pesquisa Mercado de Educação Internacional e Intercâmbio do Brasil, encomendada neste ano pela Belta, no ano passado as agências de intercâmbio enviaram 175 mil brasileiros para estudar no Exterior.


A exigência do mercado de trabalho por um diferencial no currículo, as facilidades em financiar uma viagem internacional e as variedades de programas de intercâmbio são alguns dos motivos que têm deixado o setor aquecido, afirma o presidente da entidade, Carlos Robles.


Antes de fechar as malas, conheça a seguir os destinos exóticos que mais se encaixam com o seu perfil e as opções de cursos oferecidas para aperfeiçoamento do idioma.

MALTA
O arquipélago oferece vida noturna agitada, paisagens deslumbrantes, belas praias e um dos menores custos de vida em comparação a outros países da Europa.


O país tem aproximadamente 412 mil habitantes e suas principais ilhas são Comino e Gozo, além de Malta. Os estudantes que visitam o lugar ficam em contato direto com os dois principais idiomas do país: o inglês – pois Malta foi colônia inglesa até 1964 – e o maltês, que é uma língua semítica derivada do árabe, do aramaico e do hebraico. Em alguns momentos é possível encontrar habitantes que falem italiano, pelo domínio que a Sicília exerceu sobre o país até o século 16 e pela proximidade com a cidade italiana.


Em Malta, todos os cursos de inglês passam por aprovação e reconhecimento do Ministério de Educação do país, o que garante ensino de qualidade. Outra vantagem é que o país recebe poucos estudantes brasileiros, o que dificulta a formação de grupos só de brasileiros e facilita o aprendizado do inglês.


Com clima favorável, o inverno tem temperaturas médias entre 11°C e 15°C e o verão, entre 22°C e 29°C. Assim, é possível aproveitar os momentos de lazer para realizar atividades ao ar livre, como esportes náuticos, caminhadas, acampamento e rapel.


Para quem gosta de atrações turísticas, na cidade de Mellieha é possível conhecer a Vila Popeye, aldeia construída em 1979 pela Paramount Pictures e a Walt Disney Productions para o filme Popeye. Outros locais interessantes de Malta são Mdina, conhecida como Cidade do Silêncio, que é muito tranquila e onde não há circulação de carros.


Já o município de Rabat possui belas igrejas barrocas, que encantam os olhos dos turistas. E quem visita Marsaxlokk não pode deixar de trazer para o Brasil uma lembrancinha da feira de artesanato.

COSTA RICA
A Costa Rica é um dos lugares mais interessantes do mundo para se fazer intercâmbio. É a democracia mais antiga da América Central e muito conhecida por suas belezas naturais e pelo seu povo extremamente hospitaleiro, além de ser referência em consciência ecológica e farta em variedade cenários. O interessante de se estudar na Costa Rica é que é possível escolher entre aprender espanhol e inglês, podendo ser os dois idiomas ao mesmo tempo. Também há uma grande facilidade para se entrar no país, que oferece um custo de vida mais baixo para estudantes.

NOVA ZELÂNDIA
Até o mais sedentário dos viajantes sabe que Queenstown, na Nova Zelândia, é a capital mundial dos esportes radicais. Foi nesta cidade que nasceu o bungee jumping – aquele esporte em que se salta pendurado apenas por uma corda elástica. Também é possível praticar esqui, rafting, trekking em trilhas ecológicas e até nadar com golfinhos.


A população atual é uma mistura de europeus e maoris (como são chamados os habitantes neozelandeses que viviam aqui antes da colonização britânica). A mistura das culturas resulta em nomes de cidades e locais quase impossíveis de se pronunciar na primeira tentativa: Awamutu, Whangamomona e Paekakariki são bons exemplos. Os maoris representam, hoje, 10% da população e chamam o país de Aotearoa, que significa ‘terra da longa nuvem branca’.


Estudar na Nova Zelândia é mergulhar em modernidade e progresso: o país é uma das 20 nações com melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo, e foi o primeiro a permitir o voto feminino, em 1893, quando o Brasil ainda se acostumava com o fim da escravidão, em 1888.

CHINA
Já bastante procurada para o estudo do mandarim, a China quer agora atrair para suas universidades mais estudantes estrangeiros, principalmente brasileiros.


Saber mandarim é, sem dúvida alguma, um grande diferencial no currículo, devido à importância que a China ocupa no cenário internacional. Para poder fazer negócio com os chineses, é fundamental conhecer sua língua e cultura.


Mas a China quer mostrar que um curso universitário realizado em suas terras também pode ser um plus na formação dos futuros profissionais. Para isso, investe pesado para fortalecer seu sistema educacional e figurar, também nesta área, entre os melhores do mundo.


Em algumas disciplinas, a China já é destaque, como em Ciências Biológicas e Tecnologia. Quer agora atrair estudantes nas áreas de Economia, Comércio, Artes e Pesquisas em geral. Para isso, além de investir no incremento do sistema educacional, realiza parcerias com países importantes, como o Brasil, para facilitar o recebimento de estudantes estrangeiros.
 




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