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Grana mostra resistência em acolher DEM

Prefeito de Sto.André coloca o pedido da cúpula municipal de aproximação política na lista de estudos

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
16/07/2013 | 07:57
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Marina Brandão/DGABC


O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), mostrou ontem resistência em acolher o DEM na administração municipal. Embora a cúpula local demonstre o interesse em se alinhar tanto na base de sustentação na Câmara, como em acordo visando às eleições de 2016, o petista sustentou que vai analisar a proposta. “Não recebi essa demanda de pedido de aproximação. No momento em que chegar, vou estudar o assunto.”

A postura de Grana é diferente da adotada em relação a outros partidos, como PMDB, PDT e PTdoB. Na ocasião do acerto com os demais aliados, ele ingressou nas tratativas junto com os articuladores do Paço. Tratando-se do DEM, o petista afirmou que ainda não tem ciência se houve algum contato oficial com algum secretário – Arlindo José de Lima, chefe de Gabinete, ou Tiago Nogueira (PT), titular da Pasta de Gabinete. “Por enquanto, não estou sabendo.”

O DEM local era parceiro do ex-prefeito Aidan Ravin (PTB), tendo na presidência Antônio Feijó, assessor especial do petebista. No pleito de outubro, fez parte, inclusive, da coligação proporcional. Braço-direito, Feijó foi acusado no escândalo do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) de fazer a ponte para o advogado Calixto Antônio Júnior atuar na autarquia, mesmo sem ser funcionário.

Grana desconsiderou, sobretudo, utilizar o período de recesso parlamentar para diálogo de ampliação da bancada governista na Câmara. “Agora estão (vereadores) de férias. Deixa o pessoal voltar que retomaremos a conversa”, protelou. O petista possui maioria qualificada na Casa – 14 votos favoráveis –, alcançada graças ao acordo isolado feito com o vereador Toninho de Jesus (DEM). Com a governabilidade, ele consegue, teoricamente, a aprovação de qualquer projeto em plenário.

Esse posicionamento tem como plano de fundo a falta de interesse, nos bastidores, em contar com o DEM, pelo menos, nesta oportunidade. Isso porque o acordo passa também por abrir cargos, a princípio, nos segundo e terceiro escalões da Prefeitura, o que geraria saia justa no governo, pois iria na contramão do discurso de redução de comissionados usado por Grana. Resolução do PT rejeita aliança com o rival democrata, porém, não é seguida à risca. Em São Bernardo, há ajuste político.

Toninho vê com bons olhos o pacto para projetos e reestruturação da legenda. “Temos que procurar ter estrutura, cobertura para os próprios filiados. É interessante ao prefeito a governabilidade e o ter o partido falando a mesma língua.”
 




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