O vereador de Ribeirão Pires Renato Foresto (PT) não esconde a insatisfação com o governo Saulo Benevides (PMDB). O petista, que faz oposição ao prefeito, reclamou que tem sido excluído das discussões sobre o andamento da cidade.

O parlamentar disse que desde o mês passado passou a ser tratado diferentemente pelos secretários e não foi mais chamado para participar das reuniões no Executivo. “Não sei se é uma postura do prefeito porque ele tem sido blindado pelas pessoas”, ponderou o petista.

Foresto declarou que, dos 300 requerimentos apresentados no primeiro semestre, somente oito foram respondidos. “Eles colocaram uma pessoa só para atender a demanda da Câmara. As respostas dos outros vereadores chegam e as minhas, não”, considerou.

Nos bastidores, pessoas próximas ao prefeito garantem que “a oposição será tratada da forma como ela é: pequena.”

O vereador analisou que começou a ter dificuldades com a administração após participar das manifestações pela redução no preço da passagem de ônibus. No dia 21 de junho, milhares de pessoas protestaram contra o valor da tarifa. “Estava nessa mobilização. Eles quebraram a Prefeitura, mas eu não estava na organização e muito menos ajudei a quebrar o patrimônio público.”

Foresto defendeu que participa de movimentos populares contra o aumento da passagem desde janeiro, quando houve o reajuste em Ribeirão. “No início do ano houve a primeira manifestação e eu estava lá. Não sei o motivo, mas o governo ficou bravo comigo por isso. Mas não participar do protesto é negar minha origem sindicalista”, recordou. Ele milita no Sindicato dos Bancários.

Apesar de PT e PMDB serem aliados nacionalmente, a boa relação não é reproduzida em Ribeirão. “A posição majoritária do partido é de ser oposição e por isso defendo a bandeira do meu partido.”