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Ingresso do PSB
na gestão de Lauro
Michels emperra

Prefeito de Diadema faz condição de não ter Adelson e socialistas batem cabeça sobre Pasta

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
15/07/2013 | 07:00
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Nário Barbosa/DGABC


O PSB foi o único partido que apoiava o ex-prefeito Mário Reali (PT) a não ser agraciado com secretaria no governo de Lauro Michels (PV) em Diadema. A não inclusão da legenda no primeiro escalão, porém, não decorre de falta de diálogo com o verde, e sim de indefinição no próprio partido.

Lauro já ofereceu a Secretaria de Assistência Social e Cidadania aos socialistas. A proposta foi feita no mês passado, sob uma condição: o partido não pode indicar seu presidente, o ex-vereador Manoel José da Silva, o Adelson.

Essa determinação causou rebuliço no PSB porque a legenda, internamente, havia decidido apoiar Adelson para o comando da Pasta. Com o dirigente no primeiro escalão, o caminho ficava mais fácil para o vereador Vaguinho do Conselho se tornar candidato único do diretório a deputado estadual. O parlamentar teria de convencer apenas o empresário Jadir Riato a desistir da pré-candidatura à Assembleia Legislativa.

Desde que a condição do prefeito foi posta à mesa, o diálogo travou. Mesmo depois das nomeações do presidente do PR municipal, José Carlos Gonçalves, para a Secretaria de Transportes e do ex-vereador de São Caetano Iliomar Darronqui (PR) para Desenvolvimento Econômico.

Lauro pediu a Célio Boi, outro vereador do partido na cidade, para assumir a vaga de secretário. O socialista não aceitou o convite porque, em seu entendimento, trabalhar no Executivo iria restringir sua atuação política na cidade ao administrar um dos setores mais delicados da Prefeitura, que é o trabalho com entidades assistenciais do município.

Enquanto a negociação segue travada, a vaga continua com a vice-prefeita Silvana Guarnieri (PTB). A vice já foi avisada por Lauro que não mais ocupará o setor até o ano que vem e terá função de escudeira da administração, substituindo o prefeito em eventos de menor categoria.

CANDIDATURA

A indefinição sobre o ingresso do PSB no secretariado pode resultar em turbulência partidária na montagem da chapa para deputado na eleição do ano que vem. Adelson havia se colocado como pré-candidato à Assembleia, diminuindo a chance de consenso com Vaguinho e Riato.

Na quinta-feira, Riato foi à sessão na Câmara e anunciou que não vai desistir do projeto para conquistar uma cadeira no Legislativo paulista. Ele tem Célio Boi como padrinho político.

O socialista é proprietário de um famoso açougue no bairro Eldorado e pela primeira vez sinaliza concorrer a cargo eletivo.




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