Oficializado em dezembro para garantir representatividade, o bloquinho das bancadas do PPS (Marcel Munhoz e Carlos Humberto Seraphim) e PSD (Fabio Soares e Magali Selva Pinto) na Câmara de São Caetano não resistiu ao primeiro semestre da legislatura e se desarticulou.

Influenciados pela postura do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), que optou por não demarcar uma bancada governista no Legislativo, os quatro parlamentares acabaram tomando rumos individuais. Cada um deles encontrou o próprio caminho para conquistar espaço de atendimento no Palácio da Cerâmica e garantir sintonia com o Executivo.

Segundo Soares, o conjunto foi formado para que os vereadores não caíssem no ostracismo. Quando instituído, o cenário político de São Caetano era movimentado pela eleição da mesa diretora da Câmara. Das duas candidaturas que despontavam – Jorge Salgado (PTB) e o atual comandante da Casa, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB) – nenhuma contava com o apoio desses legisladores. O grupo afinou a opção de um voto que valia por quatro.

“Atendeu nossa proposta, mas continuamos conversando e trocando experiências”, considerou Soares. “Nosso objetivo era diminuir a vulnerabilidade e ganhamos com isso, trocamos experiências, continuamos nos falando e com boa amizade”, declarou Seraphim.

Soares, que atuou como comissionado na gestão passada, tem ganhado força no governo no setor de Mobilidade Urbana. Magali, que foi secretária de Educação, goza de bom trânsito no Palácio da Cerâmica. Seraphim permanece próximo do prefeito e buscando espaço no Paço. Munhoz, que também foi ligado a Auricchio, conseguiu indicar sua mulher Giovana para atuar na Saúde.