A Seleção Brasileira voltou a jogar mal. Mereceu perder da Alemanha, como havia perdido justamente da Argentina e da França.

Mano Menezes não consegue dar mínimo padrão tático e o que se vê em campo é um arremedo de time. Os atletas estão perdidos e sem orientação.

É verdade que está acontecendo uma renovação de jogadores. A geração das Copas de 2002, 2006 e 2010 está aposentada ou a caminho de.

O treinador precisaria de tempo e não tem. Quando enfrentaram equipes mais fracas a individualidade dos jogadores decidiu as vitórias. Com os adversários mais fortes as deficiências e carências ficaram evidentes.

A torcida está sem paciência. E Ricardo Teixeira não tem muitas alternativas. Se demitisse Mano Menezes, a maioria pediria Muricy Ramalho que, com certeza, não sairá do Santos antes de dezembro.

Os cariocas pedirão Vanderley Luxemburgo. Os mais saudosistas falariam também em Felipão. Mas nenhum deles resolverá o problema neste momento.

Não há outra saída senão a calma. E apesar de nunca ter me agradado pessoalmente, acho que pelo seu retrospecto no Grêmio e Corinthians, o atual técnico merece respeito e consideração.

Se ele também não se emendar e não mudar os seus conceitos, ainda haverá tempo de providências mais drásticas em 2012.

PECADO

A quinta rodada foi finalizada na quarta-feira. Mas ninguém deve ter se conformado em acompanhar Santos e Corinthians sem os grandes jogadores dos dois times.

Imaginem quanto pesou na rivalidade do tradicional clássico as ausências de Neymar, Ganso, Ralf, Júlio César e Liédson. Alguns por contusão e outros por servirem a Seleção.

Ninguém teve sensibilidade e bom-senso para ajustar uma nova data e oferecer condições adequadas aos dois treinadores de escalarem seus melhores jogadores.

O que se viu foi um clássico sem emoção. Não foi criada uma única oportunidade de gol. E após o jogo as declarações de técnicos e jogadores, absolutamente satisfeitos com o resultado, comprovaram o alívio por não ter acontecido nada de mais.

ATÉ QUE ENFIM!

O SporTV escalou Jota Junior para transmitir o último jogo da Seleção Brasileira. Sobriedade, informações, dinamismo e nenhum pavonismo. O locutor precisa ser mais prestigiado no canal esportivo. Todos os telespectadores ganharão com isso.

Márcio Bernardes é âncora da rede Transamérica de Rádio e professor universitário. www.marciobernardes.com.br