Política Titulo Impasse
PT de São Caetano
suspende seminário
sobre Transportes

Partido teme que discussão seja mal interpretada
por conta da onda de protestos por todo o País

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande
06/07/2013 | 07:35
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Orlando Filho/DGABC


Preocupado com a onda de protestos no País, o PT de São Caetano suspendeu a proposta de organizar um seminário sobre Mobilidade Urbana na cidade. O projeto que tinha intenção em auxiliar o governo do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) a resolver impasses no setor ainda não tem data para retornar à pauta da cúpula local da sigla.

De acordo com o mandatário da legenda, Marcio Della Bella, os petistas temem serem mal interpretados por populares. “Não tiramos uma data ainda. Não sei se a realização do seminário ajudaria ou teria outra conotação ou seria mal interpretada”, avaliou o presidente.

O momento para realização do seminário é visto pela cúpula como inoportuno, já que o estopim para as manifestações populares foi justamente o reajuste na tarifa de ônibus. Após as manifestações, a passagem em São Caetano passou de R$ 3,30 para R$ 3. “Acho que talvez fugiria um pouco da expectativa e podemos acabar fazendo uma coisa que não pretendíamos ou sermos acusados de usar o movimento. É melhor aproveitar esse momento para pensar”, declarou Della Bella.

Apesar de o mandatário negar a motivação, a postura dos são-caetanenses evita a repetição do impasse que a participação de militantes da sigla causou em protesto na Capital no dia 20, após a vitória do MPL (Movimento Passe Livre) para revogação do aumento das passagens. Na ocasião, os manifestantes agrediram e queimaram bandeiras do partido com o coro de “sem partido”. “Não é para evitar nenhuma confronta, é mais uma reflexão mesmo”, declarou o petista.

CONTEXTO
A ideia do seminário surgiu para casar dois pontos: a intenção do PT em se aproximar ao Palácio da Cerâmica e o momento de incertezas no transporte coletivo.

O Paço estuda refazer a licitação pública de concessão das linhas municipais de ônibus por conta do parecer negativo do TCE (Tribunal de Contas do Estado). A corte julgou irregulares o contrato e o certame que deram o direito de exploração do serviço à empresa Vipe (Viação Padre Eustáquio).

De acordo com o TCE, o processo, que foi realizado em 2007 na gestão do ex-prefeito e atual secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), restringiu a participação de outras companhias na disputa. A outorga acertada no contrato foi de repasse de R$ 121 milhões para investimento na Mobilidade Urbana.

A Câmara chegou a organizar a abertura de uma CPI para investigar o caso, mas desistiu após articulação do governo. As contestações da Casa eram em relação ao valor da outorga à alta tarifa da passagem, por se tratar de um município de 15 quilômetros quadrados e com todas as ruas asfaltadas.
 




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