O concurso público para contratação de servidores para Câmara de São Bernardo abrirá 19 vagas ao invés das 34 cogitadas inicialmente. A redução do número de cargos segue orientação do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que sugeriu corte de gastos na estrutura da Casa.

O chefe do Legislativo, Tião Mateus (PT), afirmou que a diminuição de postos visa contenção de gastos para não onerar a folha de pagamento, “Não quero deixar a Câmara com dificuldades financeiras no futuro”, disse o petista, sem relacionar a diminuição de vagas no concurso ao TCE.

Segundo ele, as funções disponibilizadas serão para atender as assessorias administrativa, legislativa e jurídica. O certame para contratação da empresa responsável pelo concurso será lançado até o fim do mês. Tião Mateus disse que as vagas vão suprir a demanda de funcionários que se aposentaram ou se mudaram ou que não atuam mais no Legislativo.

Ele não soube informar o gasto com os novos funcionários de carreira, mas o Diário apurou que os salários variam entre R$ 2.300 e R$ 8.800 mensais.

Com o reajuste dos funcionários da Câmara com base na reposição da inflação a partir de março e aumento real de 0,5%, a Câmara poderá gastar até R$ 1,3 milhão ao ano com os vencimentos dos novos contratados.

A necessidade do certame na Câmara foi apresentada ano passado, quando o ex-presidente da Câmara Hiroyuki Minami (PSDB) tentou emplacar reforma administrativa para equiparar o número de funcionários efetivos e comissionados. Desse modo, seguiria orientação do TCE, de que os Legislativos devem ter mais funcionários concursados do que indicados por nomeação.

Entretanto, há quem entenda que o certo seria cortar comissionados e gastos, ao invés de aumentar concursados e majorar a folha.