Mesmo com o apoio das principais forças políticas de São Bernardo, a candidatura de Braz Marinho à presidência do diretório municipal do PT não é unanimidade nas fileiras petistas. A desconfiança pode levar o PED (Processo de Eleição Direta) a ser decidido no segundo turno.

Irmão do chefe do Executuvo são-bernardense, Luiz Marinho (PT), Braz tinha a vitória na primeira fase do PED dada como certa logo de cara. Agora, não é vista dessa forma.
A articulação promovida pelo professor universitário Luiz Silvério e a manutenção das candidaturas de Antonio Luiz, o Robozão, e Juliana Rocha, da Articulação de Esquerda, tendem a pulverizar a votação e deixar o pleito interno indefinido.

O petista tem até 10 de novembro, quando ocorre o PED, para superar a desconfiança dos correligionários e assumir o comando do PT.

Decidir a presidência do diretório municipal do PT no segundo turno da disputa é vista como uma derrota para Marinho, mentor da candidatura do irmão. A imposição da candidatura de Braz Marinho e a obrigatoriedade de apoio dos vereadores petistas são justamente os pontos que incomodam os militantes petistas, embora nenhum filiado comente o assunto publicamente.

Outro fator que gera a resistência ao irmão do prefeito se dá pela falta de articulação política e do pouco diálogo com a base do partido. A dúvida gira sobre como Braz Marinho atuaria numa situação de crise interna.

Contido em aparições públicas, ele deixa o trabalho de articulação política nas mãos de aliados, como o secretário de Governo, José Albino de Melo, e designou o líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Dias, como seu interlocutor. Procurado, ele não quis se manifestar.