Faculdade teria sido vendida para Uniesp, que nega a negociação; MP deve investigar
Por suspeita de alienação da Fama (Faculdade de Mauá), a Câmara de Mauá aprovou ontem requerimento solicitando ao Ministério Público investigação sobre a parceria entre a fundação, mantida pelo Instituto Educacional Irineu Evangelista de Souza, com a Uniesp. Reclamações de alunos quanto à cobrança de mensalidades também é alvo do relatório do Parlamento.
A Uniesp assumiu parceria com a Fama em agosto do ano passado, mas negou compra da instituição municipal. De acordo com a o grupo educacional da Uniesp, a fundação acumulava dívidas de R$ 30 milhões, correndo o risco de ser fechada, passivo que, segundo a entidade, está controlado após ambas selarem trabalho conjunto.
Por outro lado, nem tudo parece ser flores nessa relação, uma vez que o Legislativo atesta que deveria ser comunicado dessa parceria. Segundo o presidente da Casa, Paulo Suares (PT), o convênio não deveria ocorrer sem conhecimento do Poder Público. “Só ficamos sabendo que existiam duas faculdades por denúncias de alunos. A Fama é uma Fundação sem fins lucrativos. Se está sob nova direção, temos de ser comunicados”, disse.
Com isso, a Comissão de Justiça mandará um ofício à ao Ministério Público do Estado para averiguar se houve alienação da Fama por parte da Uniesp.
A Uniesp considera que já prestou esclarecimentos para os vereadores em setembro, durante audiência pública. Suares, por sua vez, rebate dizendo que, se tudo estivesse realmente esclarecido, não haveria a necessidade de a Comissão de Justiça dar continuidade aos trabalhos.
Outro alvo de questionamentos são as cobranças das mensalidades. Os alunos reclamam que os boletos passaram de aproximadamente R$ 450 para R$ 1.100, aumento de 144%. O caso também é tratado como alvo de investigação, por suspeita de ferir o Código de Defesa do Consumidor. A Uniesp atesta ainda que os pagamentos foram atualizados por orientação do Ministério da Educação.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.