Política Titulo São Caetano
Auricchio critica
postura de
reclamação Pinheiro

Prefeito de S.Caetano tem citado dívida deixada pelo petebista, que rebate em tom elevado

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
19/06/2013 | 07:14
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Andréa Iseki/DGABC


O ex-chefe do Executivo de São Caetano e atual secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), classificou a postura do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) de arcaica e contraditória. O petebista se refere ao discurso do peemedebista, que durante seus pouco mais de cinco meses de gestão ainda cita, para justificar os problemas da Prefeitura, a dívida de R$ 264,5 milhões herdada da administração passada.

“É claramente um modo anacrônico de fazer política, um método arcaico de transferir as responsabilidades. É uma congruência antiga. Ele reclama de uma dívida que ele não pagou e mesmo assim está com dificuldades financeiras. Não faz sentido. Fico chateado porque é o prefeito da nossa cidade, torço para ele acertar. É lamentável que depois de seis meses mantenha a mesma desculpa. E para o ano que vem, o que ele vai dizer?”, indagou Auricchio.

A última vez que Pinheiro discorreu sobre os débitos foi em entrevista publicada pelo Diário na segunda-feira. A discussão sobre a dívida pública tem confrontado as versões desde janeiro. Auricchio alega ter deixado R$ 108 milhões de restos a pagar. Pinheiro afirma ser R$ 264,5 milhões o total. Até agora, cerca de R$ 80 milhões foram renegociados com fornecedores e parcelados, segundo a administração.

O petebista também avaliou declaração de Pinheiro referente a ações de governo, como a constatação de que sobra recurso no Orçamento de R$ 295 milhões da Educação. “Mostra total desconhecimento sobre o Fundeb (Fundo Nacional para Desenvolvimento da Educação Básica). Estamos em junho e os uniformes escolares ainda não foram entregues. Não está sobrando verba? A falta de planejamento fica evidente”, diz Auricchio.

Com base na conduta do secretariado, que tem batido cabeça no diálogo interno, o petebista afirmou que falta comando. “O cargo de prefeito municipal é único e intransferível. As decisões estão sendo tomadas por um colegiado de três ou quatro pessoas, sem comando, isso perde qualidade. Posso dizer que São Caetano já perdeu um ano no que diz respeito a desenvolvimento em busca de qualidade de vida e progresso. Esse governo parece mais o samba do crioulo doido.”

Auricchio ironizou a fala de Pinheiro de que o Orçamento deste ano está superestimado e que deve fechar o ano abaixo de R$ 900 milhões, ante a previsão de R$ 1,035 bilhão. “A arrecadação está aquém do esperado e todos os prefeitos do Brasil estão passando por isso. Todos os técnicos que produziram esse Orçamento estão hoje no primeiro escalão da Prefeitura. A peça orçamentária foi aprovada pela Câmara e sem emendas, ele mesmo votou a favor. Agora precisa assumir a paternidade. Eu ainda deixei margem de 100% para remanejamento de verbas, coisa que ele tinha medo que eu tirasse”, argumentou.
 




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