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Atenção que se deve ter antes de contrair dívida

Muitas vezes o empresário necessita contrair dívidas bancárias para movimentar o seu negócio,
mas é muito importante que ele tenha ciência de que lançar mão deste recurso tem um custo considerável e diversos riscos.

19/06/2013 | 07:25
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Muitas vezes o empresário necessita contrair dívidas bancárias para movimentar o seu negócio, manter sua atividade empresarial ou realizar investimentos para ampliação e melhorias. Mas é muito importante que ele tenha ciência de que lançar mão deste recurso tem um custo considerável e diversos riscos.

Segundo a contabilista Fabiana Scandiuzzi, boa dívida é aquela que tem uma baixa taxa de juros e um prazo de pagamento condizente com o orçamento. Assim, antes de contrair um débito, o empresário deverá estudar cuidadosamente o seu fluxo de caixa e tomar uma série de precauções para que não haja comprometimento de seu orçamento pois, se este novo compromisso financeiro não permitir que as demais despesas do mês possam ser honradas nos seus respectivos prazos, o empresário terá que recorrer a um mecanismo chamado “rolagem de dívida”, correndo o sério risco de que este acabe se transformando numa verdadeira “bola de neve”.

Então, o que o empresário poderá fazer quando estiver enfrentando dificuldades para honrar as suas dívidas? Esgotadas todas as possibilidades de renegociação com o credor, a dica da especialista é recorrer à portabilidade, um dispositivo previsto no direito do consumidor que permite ao empresário buscar melhores condições de pagamento em outras instituições bancárias. “Com as negociações das taxas de juros e a possibilidade de transferir uma dívida de um banco para o outro, é muito importante que o empresário calcule o montante de suas dívidas, a quantidade de juros que paga mensalmente e leve esse apanhado para a instituição financeira escolhida, para tentar um acordo de redução de juros ou de postergação de prazo de pagamento”, alerta Scandiuzzi.

RENEGOCIAÇÃO - Porém, é oportuno lembrar que, mesmo essa nova dívida renegociada também deverá caber no novo fluxo de caixa mensal da empresa, de maneira a não comprometer sua vida útil e levando sempre em consideração as despesas inerentes à atividade. Por isso, o empresário deve constantemente realizar planejamento e apurar o orçamento.

De acordo com a contabilista, o orçamento é o levantamento de todos os custos fixos e variáveis que influenciam direta ou indiretamente uma atividade empresarial, que possibilita estabelecer preço de venda para um produto ou serviço. Assim, por exemplo, não basta que a empresa simplesmente pegue um produto que compra de um fornecedor qualquer e aplique aleatoriamente margem de lucro antes de colocar este produto à venda.

“É necessário verificar o preço do aluguel do imóvel, que tem elevado muito o custo das empresas nos últimos anos devido à valorização do mercado imobiliário, o custo da mão de obra, dos encargos trabalhistas e as dificuldades de se manter um funcionário. Tudo isso é orçamento”, explica Fabiana.

Benjamin Franklin sabiamente dizia: “O trabalho paga as dívidas, enquanto que o desespero aumenta-as”. Assim, esperamos que as dicas da Coluna do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo) desta semana tenham contribuído de alguma forma para o seu trabalho diário, não deixando você cair no desespero.
 




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