Não faltam atrações para o torcedor brasileiro, hoje, no segundo dia da Copa das Confederações. No renovado Maracanã, no Rio de Janeiro, alguns milhares de sortudos terão a oportunidade de ver bem de perto os astros da seleção da Itália, que desafia a fama de cascagrossa do México, às 16h, no complemento da primeira rodada do Grupo A.
 

Os italianos passaram a semana inteira manifestando o grande desejo de atuar no Maracanã, um dos estádios mais famosos do mundo. A preocupação é com o polêmico centroavante Mario Balotelli, que tem faro de gol. A dor na coxa direita que sentiu durante o treino de sexta-feira não deve atrapalhá-lo, segundo o médico Enrico Castellacci. E os jornalistas próximos do técnico Cesare Prandelli não têm dúvida de que ele jogará.
 

Apesar de reunir outros jogadores famosos, como o experiente goleiro Buffon e o maestro Pirlo, todas as atenções estão voltadas para Balotelli, conhecido também como ‘Super Mário’, em referência ao famoso personagem de videogame. Com ele não há meio-termo. Por seu temperamento explosivo é amado ou odiado.
 

Cesare Prandelli prefere esperar até o último instante para confirmar Balotelli e o restante da equipe. A expectativa é de que ele mantenha o time bastante concentrado no meio campo, explorando a qualidade no passe de Pirlo e as constantes descidas de Giaccherini e Marchisio, além de Balotelli, que será o único atacante.
 

Do outro lado, o México luta para esquecer a péssima campanha na eliminatória da Concacaf (América do Norte, Central e Caribe), na qual tem uma vitória e cinco empates, com um gol marcado, nos últimos seis jogos. Por isso, a equipe está comemorando a possibilidade de recomeçar na Copa das Confederações.
 

Nos últimos dias, os mexicanos foram às compras e se mostraram descontraídos. O técnico Juan Manuel de La Torre espera que esse estado de espírito se reflita em campo diante dos tetracampeões mundiais. Ele teve a cabeça pedida por parte dos torcedores por causa do desempenho ruim nas eliminatórias, mas a federação bancou a permanência no cargo e garantiu que o manterá mesmo que a equipe vá mal na Copa das Confederações.
 

A estrela do time é o atacante Chicharito Hernandez, do Manchester United. Ele será o único homem de frente, sendo municiado por Giovanni dos Santos, um dos grandes xodós dos mexicanos.

Adriano dá conselhos para Balotelli

A delegação italiana recebeu visita surpreendente ontem. O ex-atacante Adriano, que está sem clube desde que deixou o Flamengo no fim de 2012 mergulhado em polêmicas, foi até o hotel onde a Azzurra está concentrada para, ironicamente, conversar com Mario Balotelli.
 

O ex-atacante da Seleção pediu ao italiano que não desperdice seu talento com bobagens e se concentre no futebol. “Se Balotelli não fizer bobagens como eu fiz, será melhor que o Messi”, teria dito Adriano, segundo integrantes da delegação italiana.
 

Quem também rasgou elogios ao atacante italiano foi Ronaldo, o Fenômeno. Sem esconder a admiração pelo craque, ele o aconselhou a ter mais calma em campo. “Nós todos fazemos bobagens, mas devemos saber quando é o momento de parar. Me vem à mente exemplo que não tem nada a ver com Balotelli porque são casos diferentes. Adriano tinha condições físicas e técnicas impressionantes, fazia tudo o que queria, mas chegou um certo ponto no qual ele não conseguia mais. O conselho que posso dar a Balotelli é este: ‘Não jogue seu talento fora’”, declarou Ronaldo, em entrevista ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport. (das Agências)

Mexicanos mostram receio e tentam parar talento de Pirlo

Enquanto Balotelli atrai todas as atenções na concentração da Itália, no lado mexicano a grande preocupação é com o meia Pirlo. Dono de toque de bola invejável, o atleta terá marcação especial no duelo de hoje, no Maracanã.
 

“É um jogador fundamental, que faz todo o time italiano funcionar e pode nos causar problemas. Mas não podemos pensar que ele joga sozinho. Tem ele, Balotelli e mais nove jogadores”, afirmou o técnico mexicano José Manuel de la Torre, mostrando bastante preocupação.
 

Para o treinador, a Itália não pode ser classificada como time bem ofensivo. “É uma Itália acima de tudo equilibrada em todas as linhas”, disse La Torre, que busca justamente o equilíbrio entre os três setores no time mexicano. “Estamos funcionando melhor fora de casa que dentro, por exemplo. Talvez nos tenha faltado mais agressividade e mais imaginação”, explicou, adiantando que o México que vai entrar em campo hoje vai ser bem mais cauteloso que o habitual para não estrear na competição com derrota. (das Agências)