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Muitas formas de celebrar a festa junina

No Brasil, a festa junina tem características diferentes de acordo com a região

Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
16/06/2013 | 07:00
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Divulgação


Calça remendada, camisa xadrez, chapéu de palha, vestido, pintinhas no rosto e trancinhas. Ao pensar nisso a gente logo lembra de festa junina, certo? Mas esse não é o único visual de quem participa do festejo, trazido ao Brasil pelos portugueses.

Em cada região a celebração ganha características próprias, pois recebe diferentes influências da população que habita o local, como indígenas no Norte e africanas no Nordeste. Assim, além das roupas, mudam também a culinária (com alimentos típicos de cada área), a música e o até modo de festejar.

No Sudeste é popular a imagem do caipira, que foi bastante divulgada pelo sistema escolar a partir da década de 1920. Aos poucos, a figura chegou às quermesses das igrejas e das escolas, tornando-se o padrão. Por isso, quem mora principalmente em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro costuma se vestir dessa maneira para ir à festinha junina do colégio.

A partir dos anos 1980, os festejos juninos no Norte e Nordeste começaram a ficar famosos em todo o País. Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco, disputam o título de maior São João do mundo. Em algumas cidades nordestinas a celebração dura o mês todo.

Já em Parintins, no Amazonas, acontece a superfesta do Boi-Bumbá, cheia de características indígenas. No Rio Grande do Sul, as pessoas usam trajes típicos da região, e o evento lembra festejos camponeses da Europa.

A festa junina é uma das maiores expressões populares do Brasil. As muitas formas de comemorá-la mostram como nossa cultura é rica. E em uma época em que as pessoas estão cada vez mais isoladas com suas tecnologias, tornou-se um dos poucos momentos em que toda a família pode realmente ficar unida.

Saiba mais

No Nordeste, a festa junina é celebrada ao som do forró, baião, entre outros ritmos da região. As quadrilhas têm muitos integrantes, que executam passos rápidos e vestem figurinos luxuosos e coloridos. Há disputa entre grupos que representam os Estados. Também é muito presente a figura do homem que vive no sertão.

Na festa do Boi-Bumbá em Parintins, no Amazonas, todos se dividem em duas torcidas: a do boi Caprichoso (simbolizado pela cor azul e a estrela) e a do Garantido (representado pelo vermelho e o coração). Os dois grupos apresentam grande espetáculo no bumbódromo (arena). Jurados escolhem o vencedor.

A origem da festa junina está nas celebrações pagãs (que não são cristãs) muito antigas de povos da Ásia e Europa. Faziam os festejos para pedir aos deuses boas colheitas e chuvas.

Três santos católicos são homenageados no festejo: Santo Antônio, São João e São Pedro.

Consultoria de Jaime de Almeida, professor do Departamento de História da Universidade de Brasília.




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