Projetos anunciados com alarde aguardam por anos a análise dos vereadores
A discussão do Código de Ética na Câmara de São Bernardo caminha a passos lentos e dificilmente entrará em vigor neste ano. Desde que o presidente do Legislativo, Tião Mateus (PT), designou os vereadores Gilberto França (PMDB) e Antonio Cabrera (PSB) para reavaliar a proposta reapresentada em 2010, nenhuma reunião ocorreu. A primeira peça sobre o tema data do início dos anos 1990.
Gilberto França disse que os encontros seriam marcados após as plenárias do PPA (Plano Plurianual) Participativo, que terminaram na terça-feira. “Vamos nos debruçar sobre esse assunto que é de extrema relevância”, argumentou o peemedebista.
A proposta foi recolocada em pauta após o episódio do ‘voto fantasma’, quando uma adesão a mais apareceu no painel de votação, sem a presença do parlamentar em questão. Passadas algumas semanas da polêmica, a discussão sobre regras de conduta aos parlamentares esfriou.
Nesta legislatura, duas situações reacenderam a discussão. Em fevereiro, Osvaldo Camargo (PPS) e Paulo Dias discutiram durante os trabalhos. A confusão só não acabou em agressão porque a turma do ‘deixa-disso’ impediu. A outra foi protagonizada por Pery Cartola (PPS), que publicou no Facebook fotos em que aparecia no plenário da Casa no dia 22, ocasião em que não participou da sessão.
Cabrera avalia que falta vontade política para consolidar a peça. “Para essa reunião fluir não basta apenas algumas reuniões, tem de ser uma deliberação coletiva”, analisa.